Brasil agiliza pedido de extradição de Pizzolato

Agência Brasil.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu rapidez no envio às autoridades italianas do pedido de extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão, Pizzolato está preso desde o início do mês, em Modena, acusado de substituição de pessoa, falsidade ideológica e falso testemunho pela justiça italiana.

“Assim que recebermos da Procuradoria-Geral de República [o pedido traduzido], daremos prosseguimento à tramitação interna que, no Ministério da Justiça, é muito rápida. Provavelmente em 24 horas já encaminharemos o pedido ao Ministério das Relações Exteriores para que seja remetido ao governo italiano”, afirmou Cardozo.

Segundo a assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), todos os documentos necessários já foram traduzidos para o italiano e revisados e serão entregues ao Ministério da Justiça ainda hoje.
O pedido de extradição de Pizzolato reúne 153 páginas de documentos e custou cerca de R$ 8 mil, pagos a uma empresa que presta serviços de tradução à PGR.

Pizzolato tem dupla cidadania, brasileira e italiana. De acordo com a legislação italiana, cidadãos nacionais não podem ser extraditados sem o aval do governo.

O ex-diretor do Banco do Brasil chegou à Itália fazendo-se passar por seu irmão, morto há 36 anos. Pizzolato falsificou toda a documentação necessária para viajar, incluindo título de eleitor – que chegou a usar em ao menos uma eleição. Na última quarta-feira (19), a justiça italiana renovou por pelo menos mais 40 dias sua detenção.

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