Depois de 15 anos, Francisco Villa Chan volta a expor no Recife

 

Villa Chan atelier – Flutuações. Foto: Divulgação

 

Mostra inédita tem curadoria de Beth Araruna e obras serão expostas tanto no atelier do artista como na galeria virtual da BArte – Brasil Arte Contemporânea

 

 

Reconhecido pelas figurações de paisagens pernambucanas e pela linha de trabalho voltada para a pintura abstrata, Francisco Villa Chan lança no dia 10 de setembro a exposição “Re-ver, Re-encontrar, Re-fazer”, 15 anos depois de sua última exposição nesta capital. As telas estarão expostas no próprio ambiente físico de trabalho do pintor, no bairro da Várzea, no Recife (PE), dentro do projeto “o artista em seu atelier”. Com a curadoria da marchand Beth Araruna, a exposição conta com 40 pinturas inéditas e atuais que esboçam cores e formas reais e abstratas da natureza.

 

 

As obras também poderão ser conferidas na galeria Barte Virtual da BArte – Brasil Arte Contemporânea, um novo conceito de exposição acessível ao mundo. Um dos destaques é a “Paisagem inacabada” do paisagista pernambucano do século 19, Jerônimo Telles Júnior. Villa Chan é bisneto dele e inspirou-se nessa pintura para o desafio de concluir o quadro, completando, assim, a obra do bisavô. A “paisagem inacabada” faz parte do acervo do Museu do Estado de Pernambuco e uma reprodução digitalizada desta obra estará presente no local junto à versão de Villa Chan.

 

 

 

Para o próprio Villa Chan, tudo o que sai do seu pincel está emocionalmente ligado com a pessoa dele. “Minha exposição levará ao conhecimento dos observadores detalhes de uma nova proposta adquirida e evoluída pela experiência de técnicas e cores mais vibrantes provenientes de trabalhos anteriores”, relata o pintor, que soma 75 anos de vida e 54 de carreira profissional.

 

De acordo com a curadora Beth Araruna, aqueles que sempre acompanharam Villa Chan sabem que quando ele pinta uma cena da vida real, quase que em seguida sente a necessidade de expressar também o sentimento que ela lhe provocou, com uma explosão de cores que remetem à vanguarda abstracionista na qual se inseriu nos anos 60 e onde continua a experimentar conceitos e idéias até hoje.

 

 

A reorganização do espaço artístico de trabalho de Villa Chan no bairro da Várzea, através do conceito do projeto “O artista em seu atelier”, destaca partes importantes da obra dele, apresentando na instalação citações de Mauro Mota, Gilberto Freyre, Alex, Wellington Virgolino e Mario Hélio sobre diferentes fases de sua produção artística.

 

 

Tudo pode ser conferido no espaço virtual da BArte (www.barte.com.br ) que, além de mostrar a exposição, também tem como objetivo orientar os compradores de arte na escolha de obras de artistas contemporâneos e promover a divulgação dos artistas que fazem parte do seu elenco de exposições em qualquer parte do mundo. A BArte disponibiliza  a consultoria de Beth Araruna em espaço próprio localizado na Rua Agrestina 101, sala 01,Casa-Forte.

 

 

Sobre Villa Chan – Nascido no Recife em dezembro de 1937, Villa Chan já na infância demonstrava interesse pela natureza e mostrava habilidade artística. Gostava de trabalhos manuais, artesanais, principalmente em madeira, e de desenhar figuras de revistas e jornais. Aos 16 anos foi ter aulas com Raquel Telles, pintora e poetisa, filha do paisagista Telles Júnior, este, bisavô dele, até que a mesma disse que não tinha mais nada a lhe ensinar.

 

 

Aos 18 anos viajou para estudar em galerias e museus da Europa por seis meses e aos 20, em 1958, ingressou na Escola de Belas Artes (EBA) de Pernambuco, tendo, entre os professores, Vicente e Fédora do Rego Monteiro, Fernando Barreto e Lula Cardoso Ayres. Este último disse que não havia necessidade de Villa Chan seguir com as aulas e lhe aconselhou a continuar o que estava fazendo, paisagens e experimentações com a arte abstrata.

 

 

A primeira exposição individual do artista foi em 1959, com 22 composições abstratas, utilizando várias técnicas consideradas de vanguarda para a época, causando surpresa aos críticos de arte que o conheciam como paisagista. Continuou a fazer cursos e as novas exposições saíram em 1982, 1987, 1992, 1994 e 1998.

 

 

Sobre a BArte – A BArte –  Brasil Arte Contemporânea atua desde o ano 2000 no Recife, desenvolvendo projetos culturais, atuando em consultorias e curadorias de diferentes realizações que envolvem desde exposições de arte contemporânea a instalações em eventos internacionais como o Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco (FIHQ-PE). Trabalha também na elaboração de projetos destinados a posicionar artistas no mercado de arte e cultura. Desde 2012, a BArte passou a atuar também em outros estados. A arquiteta e designer Elizabeth Araruna é a consultora cultural da BArte. Beth Araruna, como é conhecida, comandava a Galeria Estúdio A, que movimentou a cena das artes plásticas de Pernambuco e encerrou suas atividades em dezembro de 1999. Agora, nesta nova fase, a BArte retoma o trabalho desenvolvido por Beth Araruna na Estúdio A usando a tecnologia atual. Após o sucesso da exposição “Desthinações” de Thina Cunha, é a vez de “Re-ver, Re-encontrar, Re-fazer”, de Villa Chan.

 

Saiba mais em: www.barte.com.br.

 

 

Serviço:

 

Exposição Re-ver, Re-encontrar e Re-fazer, de Francisco Villa Chan

 

Abertura: Dia 10 de setembro, às 19h

 

Período da exposição: De 11 de setembro a 10 de novembro de 2013

Local: Espaço Villa-Chan (Rua São Francisco de Paula, 371, Caxangá,

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