A POESIA PERNAMBUCANA AMANHCEU TRISTE E A LITERATURA MAIS POBREPoeta se autodenominava o “Trovador de Olinda e Recife”

Morre no Recife o poeta Homero do Rêgo Barros

Escritor tinha 93 anos e foi vítima de insuficiência respiratória aguda.
Ele estava internado desde o dia 18 de julho, no Hospital Português.

Homero Rêgo Barros (Foto: Fernando Rêgo Barros / Acervo pessoal)
Homero Rêgo Barros morreu nesta madrugada, no Recife,
Poeta se autodenominava o “Trovador de Olinda e Recife” (Foto: Fernando Rêgo Barros / Acervo pessoal)

O poeta olindense Homero do Rêgo Barros, de 93 anos, morreu na madrugada deste domingo (4) em decorrência de uma insuficiência respiratória aguda. O velório está sendo no Hospital Português, onde estava internado há quase 20 dias, e o acontece no fim da tarde deste domingo, no Cemitério Parque das Flores, no Sancho.Nascido em Olinda em outubro de 1919, Homero do Rêgo Barros despertou o gosto pela poesia ainda adolescente. Ele escreveu 18 obras, entre livros e opúsculos. Homero também se dedicou à literatura de cordel, tendo publicado mais de cem folhetos.O escritor, que se autodenominava o “trovador de Olinda e Recife”, foi premiado pela Academia Pernambucana de Letras, com o livro Fragmentos, em 1957. Além deste, o poeta também publicou Estreia (1948), Vozes d’Alma (1951), Rastros de Luz (1956), Ritmos Íntimos (1958), Sob a Luz da Inspiração (1968), De Parceria com Deus (1979), Cantos Pernambucanos (1987) e Nas Asas do Tempo (1989).Homero do Rêgo Barros era, desde 2005, viúvo de Maria Nazaré Ramos Wanderley do Rêgo Barros. Deixou quatro filhos, entre eles o jornalista Fernando do Rêgo Barros, genro, nora, netos e um bisneto.Abaixo, a poesia “Ver o Recife”, escrita pelo poeta pernambucano:

Ver o Recife, para mim, é como
Viajar a bordo, conhecer Paris.
Pois de satisfação igual me tomo
Ao que indo à Europa busca ser feliz…

Louvando a Capital, que eu sempre quis,
Em cujos céus, qual dilatado pomo,
Refulge a ebúrnea lua cor de giz,
É assim, ventura rara, que eu te domo!

Quanta beleza esta cidade exibe,
Ornamentada pelas suas pontes
E pelas águas do Capibaribe

Ver o Recife, neste meu País,
É dos mares galgar os horizontes,
Viajar a bordo, conhecer Paris.

 

fontes:g1/ne10

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *