Lágrimas de São Pedro

A Caixa Cultural Rio de Janeiro apresenta até o dia 12 de maio, a exposição “Lágrimas de São Pedro”, do artista baiano Vinícius S.A., com entrada franca. A instalação é composta por seis mil lágrimas, formadas por bulbos de lâmpadas incandescentes cheios d’água presos ao teto em diferentes alturas, e iluminação especial, simulando chuva. O projeto tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.“Lágrimas de São Pedro” expressa a relação lúdica do morador da zona rural com a chuva. E também a fé do sertanejo manifestada na novena de São José, na qual cantigas e orações são dirigidas ao santo em pedido de chuva, que quando vem é motivo de festa. O público percorrerá o caminho da instalação perpassando as 6 mil “gotas”, tendo as lágrimas acima da cabeça.“Proponho, com esse trabalho, a criação de um ambiente onde o espectador penetra, envolvendo-se espacialmente na obra, possibilitando a interação entre arte e fruidor de maneira mais abrangente”, explica Vinícius S.A. “Neste caso, é como se tivéssemos o poder de pausar a chuva, uma chuva de gotas grandes, limpas, transparentes, leves e, com isso, poder contemplar sua beleza, seu poder, seu símbolo, sua necessidade”, completa o artista.Serviço: Exposição “Lágrimas de São Pedro”; local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 1; endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô: Estação Carioca); visitação: até 12 de maio de 2013; horários: de terça a domingo, das 10h às 21h; entrada franca; informações: (21) 3980-3815; classificação indicativa: Livre para todos os públicos

 

Karim Aïnouz  lança o longa “O Abismo Prateado”, baseado em canção de Chico Buarque

 Segundo Marianna Salles Falcão do site da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, casada há 14 anos, um dia a dentista Violeta (Alessandra Negrini, na foto) recebe a seguinte mensagem no celular: “eu não te amo mais. Eu não amo mais você”. Com o anúncio do marido ainda ecoando em sua mente, a mulher inicia uma jornada até  “O Abismo Prateado – caminho permeado de abandono e solidão”, mas que também esbarra em algo de esperança. Novo longa do diretor Karim Aïnouz, o filme entrou essa semana em circuito nacional nessa sexta-feira.“Quando recebi o convite do produtor Rodrigo Teixeira, me encantei pela ideia de partir de uma canção de amor, com a letra de “Olhos nos Olhos”, a canção que parte de um ponto de vista masculino (o de Chico Buarque) para tentar entender o ponto de vista feminino. O argumento foi escrito por Beatriz Bracher a partir de uma carta escrita por uma mulher, que falava de um rompimento. Juntos, queríamos explorar o sentimento dessa mulher, o que ela estava passando quando escreveu a carta”, explica o diretor.Os versos iniciais de Olhos nos Olhos, de Chico, foram a grande inspiração para o longa (“quando você me deixou, meu bem /Me disse pra ser feliz e passar bem / Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci /Mas depois, como era de costume, obedeci”), que mergulha em referências ao compositor. “O universo do Chico Buarque norteou o desenvolvimento da ideia: parte da Zona Sul carioca, que vai do Flamengo a Copacabana, com suas figuras noturnas. Busquei ainda a presença da natureza na cidade, que se torna marcante. Há o mar, as árvores, as montanhas, é tudo cercado por uma natureza exuberante, num embate com a urbanidade, aquelas rochas que tragam para o mar”.

Circo até em piscina e no alto de prédios

 Dentro de teatros, ao ar livre ou em prédios, é assim, fora da lona que poderão ser vistos os espetáculos do Festival Internacional Sesc de Circo. Vão se apresentar, a partir de quinta-feira, grupos de São Paulo, do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Canadá, da Itália, Espanha, Austrália e França.De acordo com a Agência Brasil, os 24 grupos estarão na programação das unidades do Sesc da Grande São Paulo até o dia 12. “Além da programação de espetáculos, temos uma programação formativa, com três mesas de discussão que vão falar a respeito de dramaturgia para circo, formação em circo, criação estética e também do mercado para circo”, explica a responsável pela área de Circo do Sesc de São Paulo, Carolina Garcez.O festival quer ser também um espaço para discussão da atividade circense. “Teremos a presença de vários realizadores de festivais, pessoas que pensam o circo hoje. Para que a gente possa, com o festival, abrir mais um espaço de construção do pensamento em circo”, ressalta Carolina sobre a arte, que ela pontua ter uma estética própria e bem definida.“O artista circense domina técnicas de circo, seja de equilíbrio, de malabarismo, de contorção, acrobacia. São técnicas que nem o artista da dança nem do teatro dominam. E a história que ele vai contar, vai contar por meio dessas habilidades circenses”, explicou.Entre os destaques está o espetáculo Île – O, da companhia francesa Barolosolo. O título faz um trocadilho com as palavras ilha e água pronunciadas em francês. A apresentação ocorre dentro de uma piscina. Dos nacionais, um dos recomendados é o Destino das Flores, da companhia do Rio de Janeiro Circondríacos, grupo recém-formado pela Escola Nacional de Circo.

Visitando Camille Claudel no Teatro Municipal de Niterói

O Teatro Municipal de Niterói apresentará de 3 a 5 de maio (sexta a domingo) o monólogo “Visitando Camille  Claudel” , com atuação de Rabelo com texto e direção de Ramon Botelho.Livremente inspirada na vida e obra da genial escultora francesa, o espetáculo segue o fluxo da memória da artista, internada em um asilo de alienados. De forma poética, o monólogo reinventa passagens marcantes da infância, do auge em Paris no início do século 20, sua paixão por Auguste Rodin, seus laços afetivos e a sua luta solitária para se estabelecer numa profissão estritamente masculina.

fonte:DR