Governo afirmou que vai descontar os dias de paralisação dos professores
Paullo Allmeida/Arquivo Folha
DEPUTADA: “Não é uma questão apenas salarial, mas contempla as atividades horas”A deputada Teresa Leitão (PT), sob os olhares atentos de mais de 100 trabalhadores em educação, presentes no plenário, ontem, na Assembleia Legislativa, condenou o posicionamento do Governo do Estado de descontar dos professores os três dias de paralisação, que farão parte da Greve Nacional da Educação Pública. Ontem, a Secretaria de Educação afirmou que as escolas funcionarão normalmente e o docente que faltar ao trabalho terá as faltas descontadas.
A deputada também apontou que o piso não é uma questão apenas salarial, mas contempla principalmente as atividades-horas. “Lamento a posição do Governo, porque, mesmo sendo nacional, essa greve não se pauta, única e exclusivamente, na questão reinvidicatória. Ela pauta os 100% dos royalties para educação, os 10% do PIB para o plano nacional de educação e a profissionalização dos professores”, enfatizou Teresa. De acordo com a parlamentar, as discussões levantadas pela classe não interessam só à sociedade, mas também aos gestores.
Teresa, inclusive, lembrou que foi o governador Eduardo Campos (PSB) que saiu em defesa dos 100% dos royalties do petróleo para a Educação. “Para fazer isso, o governador chegou a se contrariar com alguns aliados e governadores de outros estados”, disse. Em meio a vaias e aplausos por parte da categoria durante a sessão, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), decidiu apartear a discussão. Na condição de governista, Uchoa disse que em menos de 48 horas o Executivo encaminhou para a Assembleia uma proposta de reajuste salarial para cargos públicos.
“O governador diz no projeto que houve um acordo entre o sindicato da categoria e o Governo do Estado. Ele também reconhece que isto já é um avanço, mas não é o suficiente, não é aquilo que ele gostaria que fosse feito”, declarou. “Vossa excelência (Teresa Leitão) sabe muito bem que nas prefeituras administradas pelo PT, como a de Serra Talhada e Abreu e Lima, os recursos repassados pelo Governo Federal são insuficientes para atender a categoria do Magistério, que vem ao longo dos anos sofrendo por uma política federal que não assume seu compromisso”, alfinetou Uchoa.
AUSÊNCIA
O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, Betinho Gomes (PSDB), lamentou a ausência do secretário estadual de Cidades, Danilo Cabral (PSB), na audiência pública, realizada ontem, para debater o fracasso do processo licitatório das linhas de ônibus. “Não estávamos lá para dizer se o Governo estava errado ou não, nós queríamos buscar soluções para o problema do sistema de Transporte Público com os representantes do Estado e a população”, frisou Gomes. Em função da ausência de Cabral, foi aprovado na comissão um requerimento para que a Mesa Diretora convoque a presença do secretário.
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