O MUNDO É POR AÍ

por VALMA  DANTAS

   SOLIDARIEDADE

Para falarmos em solidariedade, é necessário buscar sua origem, porque muitos se dizem solidários, outros acham que esse comportamento está escasso em nossa sociedade. Por isso, vejamos a definição de SOLIDARIEDADE: A palavra “solidariedade” é derivada do termo “obligatio in solidum”, que no direito romano expressava, primitivamente, a obrigação comunitária, ou seja, as responsabilidades que o indivíduo tinha em relação a uma coletividade à qual pertencia.
Não há como negar que vivemos a era da velocidade e onde tudo se torna instantâneo, a nossa vida esta passando muito depressa e individualizada, a maioria de nós vive momentos constantes de impaciência e intolerância.Em nossos relacionamentos, no trabalho, no trânsito, na política e até em relação as crença religiosas.
Somos atropelados pelas rotinas, não sobrando tempo para o exercício da reflexão, objetivando desenvolver o poder de entender as pessoas como seres que tem emoção, sentimentos. Todos estão presos às coisas imediatas e materiais. Vive-se seguindo cada vez mais tendências e modismos. A insensibilidade de entender o outro é deixada de lado; o sentimento de compaixão deixa de ser valorizado e praticado. É cada um cuidando de si mesmo, tem pessoas que vivem em fuga constante da aproximação de alguém necessitado, tem medo de ajudar em função da dependência do outro.
O homem é um ser social, isso é inegável. Detém as faculdades necessárias para relacionar: a reflexão, o sentimento de amor e a palavra que completa a aproximação. Só o auxilio mútuo, leva mais facilmente ao progresso espiritual e também o material.
A maior prova de amor ao próximo é ajudar antes da humilhação de receber um pedido de uma pessoa fragilizada em qualquer que seja o aspecto.
Estamos deixando de lado o prazer de ajudarmos uns aos outros. Não há nada mais recompensador que percebermos a necessidade do outro, e com isso poder ajudar. Todos nós necessitamos do outro de alguma forma. De atenção, de uma palavra amiga, de ser apenas ouvidos em seus conflitos. Aqueles que negam uma ajuda em forma de palavras tem instalada a miséria da indiferença na sua própria alma. Às vezes vemos uma pessoa a nos rodear e usando de subterfúgios sem coragem de pedir uma ajuda, mas em função da velocidade da nossa defesa egoísta de fugir da aproximação das pessoas fragilizadas, estamos fugindo de nós mesmos: “lá vem ele de novo com os seus problemas”. Hoje é mais “fácil” nos aproximar das pessoas “bem resolvidas”. Esquecendo-nos que cedo ou tarde os papeis podem se inverter. Ninguém é tão autossuficiente a ponto de não precisar de ninguém.
O exercício de se doar sempre se aprende com o próximo.Fazendo o uso da reflexão, logo descobriremos que não estamos sozinhos, e a ajuda ao nosso semelhante, começa dentro da nossa própria família, vizinhos, colegas de trabalho e amigos próximos ou não. A partir daí, passamos a ter experiência para lidar com os outros, e criar aliados para quando for nosso esse momento, tiver com quem contar ou a quem recorrer.
Ser solidário está além de participar de doações aos necessitados ou de campanhas sociais, isso é nossa obrigação em lutar e contribuir com uma sociedade melhor. Ser solidário mesmo é enxergar o lado humano das pessoas. É estender muito mais a mão que o bolso, é nos colocar disponíveis as necessidades mais urgentes do outro. Lembremos que quando fazemos o bem ao próximo, o maior beneficiado é o próprio benfeitor, (nós). São energias infinitas do bem, essa ação retorna na forma de magia de viver de forma pacífica com o outro e com nossa consciência. Ao fazer uma caridade em seguida passamos a sentirmos a leveza na nossa alma. Fazemos o bem para o nosso próprio bem, e não para posarmos de bons samaritanos para a sociedade.

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