Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Da Agência Estado
O governador de Pernambuco e virtual candidato do PSB à Presidência da República em 2014, Eduardo Campos, pediu nesta sexta-feira (5) paciência para que seu partido decida, a seu tempo, se haverá ou não candidatura própria nas eleições do ano que vem. Em um recado indireto ao PT, Campos disse que seu partido, o qual preside, não precisa da licença de outra sigla para lançar candidato. “Nunca fomos e nem vamos ser sublegenda de absolutamente ninguém”, avisou. “Não precisamos pedir licença a outra agremiação partidária, seja ela qual for, para tomar uma decisão”, emendou o governador, após participar do 57º Congresso Estadual de Municípios, realizado em Santos.
Recebido como candidato por militantes do PSB paulista, Campos disse que a recepção faz parte do “ambiente natural do partido” e que as faixas que o definiam como “futuro presidente” fazem parte do “livre pensar das agremiações”. Aos jornalistas, Campos reafirmou o discurso oficial de que só discutirá eleição presidencial em 2014 e que até lá quer trabalhar pelo País e ter a “consciência tranquila de que fez sua parte”. Ao tergiversar sobre sua eventual candidatura, o pessebista disse que deixar a decisão para 2014 não se trata de um gesto “de sabedoria política”. “Não somos dados a isso, nunca fizemos esse tipo de coisa. Quando vamos para a disputa, não temos problema nenhum”, afirmou.
Em sua opinião, o debate sobre as questões econômicas não pode ser “interditado” pela eleição presidencial. “Não podemos nos constranger a discutir com os prefeitos o pacto federativo e que alguém vai achar que isso é um debate sobre eleição. Não podemos interditar o debate político no Brasil.”
Sobre o monitoramento da movimentação de sindicalistas no Porto de Suape pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Campos lembrou que o governo federal negou a iniciativa e que não há indícios de que a lei foi extrapolada no caso. Para o governador portos são tradicionais berços de movimentos políticos.
Golpe de 1964
Perguntado sobre o uso do termo “revolução” pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) quinta (4), em palestra no mesmo evento, o líder do PSB foi econômico no comentário. “Eu chamo o que houve em 64 de golpe”, respondeu.