Abalando por Aí… Lisboa…

por  Taciana  Leitão

“Tejo que leva as águas, correndo de par em par, lava a cidade das mágoas, leva as mágoas para o mar”. (Manuel da Fonseca)

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Lisboa, a presença do rio Tejo acompanha-nos ao longo da nossa descoberta através das suas ruas cheias de histórias, numa cidade que revela o seu passado a cada instante. Uma das capitais européias com menor população, Lisboa é pequena e fácil de ser explorada a pé, é sensacional perder-se pelas ruelas dos bairros antigos, contemplar a vista dos mirantes, degustar excelentes pratos da gastronomia portuguesa a base de peixes e frutos do mar, sem deixar de curtir os cafés. A cidade é uma mistura de atrações históricas com um momento de efervescência cultural.

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Lisboa é culta, tem verdadeira adoração pela história, artes e as letras. Uma grande vantagem é que os museus de lá não têm as filas enormes como acontecem em Roma, Paris, NY…

Passear pela capital portuguesa invariavelmente começa pela Baixa, onde está localizada a zona comercial e a maior concentração hoteleira da cidade. As ruas são planejadas e simétricas. As vias principais são a Rua Augusta e Rua do Ouro, são agitadas e trajeto dos bondinhos amarelos que são a cara de Lisboa. Essas duas ruas interligam as duas maiores praças da Baixa: a do Comércio – essa tem uma estátua do Rei José I, montado num corcel e a Praça do Rossio é ponto multicultural. No entorno você encontrará cinemas, cafés e o Teatro Municipal. No final do Rossio, tem uma fonte barroca que merece ser contemplada e seguindo pela Rua do Ouro, não há como não admirar a beleza do Elevador da Santa Justa, uma torre em estilo gótico, que o conduz da Baixa ao Bairro Alto.

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Partindo da Praça do Comércio, pela Rua da Alfândega, você chegará ao bairro mais tradicional de Lisboa, Alfama, é lá que se encontra a Capelinha de Santo Antônio, o santo das causas perdidas, o preferido dos lisboetas, apesar do padroeiro da cidade ser São Vicente.

igreja_da_se_ As ruas por lá são estreitas, labirínticas, com traçados indecifráveis, interligadas por escadarias e arcadas. Foi em Alfama que surgiu o Fado, bairro outrora povoado por marinheiros e prostitutas até hoje mantém-se como bairro popular, como alguns pontos interessantes para explorar: a Igreja da Sé e o Mirante de Santa Luzia, estão no caminho para quem vai até o Castelo de São Jorge, no ponto mais alto da colina de Alfama.

LisboaMiradouroSantaLuziaO Bairro do Alto, também conserva características da Lisboa tradicional, mas é a noite que tudo se transforma. São nas Docas de Alcântara que estão as boates com as pick-ups comandada pelos Dj’s de renome internacional. As ruas sempre estão tomadas por jovens, os bares vivem cheios.

Algumas dicas complementares para você Abalar por Aí:

  • A melhor época para ir a Lisboa é entre Abril e Outubro. A temperatura é agradável e os dias são mais longos, evite Julho e Agosto, alta temporada, calor. Em Junho existem festas em homenagem aos santos católicos, que acontecem no bairro de Alfama. Entre novembro e fevereiro faz frio e tem chuva;
  • Lisboa tem hotéis de cadeias internacionais, como Four Seasons, Marriot, Sofitel e Sheraton. Existem diversos hotéis entre 03 e 04 estrelas localizados na região do centro, nas proximidades da Avenida Liberdade e da Praça Marquês de Pombal. Outra opção são as pensões, geralmente instaladas em locais tombados pelo patrimônio histórico, que antes funcionavam como igrejas, conventos ou até mesmo castelos medievais, algumas muito bem localizadas em Alfama e no Bairro Alto, pertecem ao mesmo grupo, Pousadas de Portugal;
  • Se quiser conhecer todos os recantos e ruelas, subir e descer as 07 colinas da cidade, apanhe o “eléctrico 28” (o bondinho amarelo 28) (J), que o levará aos locais mais interessantes para conhecer o patrimônio de Lisboa;
  • Quando estiver na Praça do Rossio, vale tomar um café no Nicola e na Pastelaria Suiça;
  • Caminhar pela Rua da Bica e descer até a beira do Tejo para conhecer o Mercado da Ribeira. Vá na hora do almoço, em frente ao mercado, junto a estação de trem, instalado num antigo um galpão funciona um restaurante pequeno chamado o Cais do Sodré, que serve um peixe grelhado sem igual!!!!
  • No  Bairro Alto foi onde surgiram as primeiras cafeterias de Lisboa, não há lugar melhor para tomar uma bica, dou como sugestão o Café A Brasileira, que fica no Largo do Chiado, aberto desde 1905, era o preferido de Fernando Pessoa.
  • Para conhecer a história e os Pasteis de Belém, você poderá tomar um táxi no centro de Lisboa e levará cerca de 15 minutos para está a cinco séculos no passado. Como também, poderá pegar o ônibus 28 ou 43, que saem da Praça da Figueira.
  • Atenção nos cardápios, apesar de escritos em português, não significa que são compreensíveis, mas os “empregados de mesa”, apesar de pouca simpatia, poderão ajudá-los!!! Lá se vai alguns itens: Açorda – massa feita com pão e ovo / Gambas: camarões / espetada de tamboril: espeto de peixe / Alheiras: um tipo de marisco / Sapateira: caranguejo / Borrego: carneiro / Pipis: prato elaborado com moela de galinha.

Bem, Lisboa é isso e muito mais… Conhecer um pouco mais as nossas raízes e continuar Abalando por Aí é o que pretendo fazer novamente esse ano… “bestial, bué bestial”

fonte:blogrenataabala

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