Amanda decidiu sair do curso já no segundo período de Engenharia da Computação. “Estava em meados de março/abril de 2011 e entrei no curso de matérias isoladas. Foi bastante difícil recomeçar e passar novamente pela sobrecarga e pressão que é tentar o vestibular. Sentia-me na obrigação de passar, pois sabia que várias pessoas depositavam confiança em mim, portanto não queria decepcioná-los”, afirma. Sua estratégia foi direcionar seus estudos nas matérias específicas para a segunda fase (história, geografia e matemática) e revisar alguns conteúdos das demais matérias para o Enem.
Amanda participou do ENEM e se inscreveu na segunda fase da UFPE. “Entreguei o boleto bancário (do vestibular da UFPE) para o meu pai pagar, mas não fiquei com o comprovante porque ele trabalha em outro estado. Ele efetuou o pagamento no caixa eletrônico no Banco do Brasil por meio do débito bancário. Cerca de uma semana antes de ser realizada a segunda fase da Covest, tínhamos que imprimir o CCI, que citava o local de prova. Ao entrar na minha área restrita, indicava que o boleto não havia sido pago. Entrei em pânico. Liguei para o meu pai e ele estava com o comprovante em mãos e ratificou que pagou em dia. Procurei ajuda com meu professor, que conseguiu entrar em contato com a direção da Covest, e eles foram averiguar o meu caso. Disseram que o pagamento foi realizado, mas fora do prazo, por meio de agendamento bancário. Ou seja, meu pai efetuou o pagamento no caixa como débito, o banco erroneamente colocou como agendamento pra depois do vencimento e nem o banco, nem a Covest quiseram reconhecer o erro, nem retificá-lo”. Amanda disse que o dinheiro já estava na conta da Covest, mas mesmo assim eles não a deixaram realizar a prova. “Senti-me de mãos atadas, injustiçada. Foi uma luta pra chegar até o fim do ano, para uma semana antes de realizar o exame, descobrir que não iria poder executá-lo”, declarou Amanda a nossa equipe.
Apesar da tristeza e decepção, Amanda nunca deixou a esperança de lado. Apesar de não passar na UFPE, ela se inscreveu no Sisu para Administração, no qual foi aprovada e decidiu cursar, pois “estava muito abalada com o fato ocorrido e não tinha mais estímulo para passar mais um ano estudando para o vestibular”. Quando entrou na UFRPE, em 2012, estudava paralelamente pra UFPE quando sobrava algum tempo entre as provas. Amanda pode conhecer um pouco mais do curso e teve a oportunidade de ingressar no PIBIC, no qual está atualmente fazendo uma pesquisa sobre o estudo das peculiaridades da Gestão de Pessoas nas empresas do Porto Digital.
Em 2012, Amanda finalmente prestou o vestibular pra UFPE e foi efetivada: “Sempre foi um sonho meu retornar para a UFPE, e agora vou poder realiza-lo”.
Atualmente, Amanda deseja concluir sua matrícula na UFPE e tentar a dispensa das cadeiras que cursou na UFRPE, apesar das grades de ambas serem diferentes. Nos próximos anos, deverá se especializar mais, fazer cursos extracurriculares, iniciar um novo idioma, fazer intercâmbio e acima de tudo colocar em prática as teorias administrativas: “abrindo um novo negócio e/ou trabalhando em alguma empresa”. Empreendedorismo sempre despertou seu interesse e paixão e ela está constantemente conversando com amigos e debatendo sobre a possibilidade de abrir um próprio negócio.
Amanda declara que o principal motivo que a levou a escolher Administração foram as amplas áreas nas quais ela poderá se especializar. Nesse curso, “você pode montar a sua grade curricular de acordo com os seus interesses”, além de ser uma área em expansão e possuir um mercado amplo e flexível.
fonte:arquimedes