Cem anos de Tomie Ohtake

 

No Memorial da América Latina, na Ladeira da Memória ou na Avenida 23 de Maio, obras da artista plástica Tomie Ohtake estão espalhadas por vários espaços públicos da cidade de São Paulo. Quem passa ou passou pela Estação Consolação do metrô, por exemplo, conhece um de seus trabalhos: quatro painéis de cores diferentes, feitos com pastilha vitrificada, que representam as estações do ano.

Obras da artista japonesa, que chegou ao Brasil em 1936 e se naturalizou, estão presentes também em outras cidades. Esculturas, painéis e formas abstratas decoram, por exemplo, vários espaços públicos de cidades como o Rio de Janeiro, Santos, Curitiba e Brasília.

No ano do centenário da artista, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a homenageia com a exposição Tomie Ohtake-Correspondências, que vai até 24 de março e procura estabelecer relações de aproximação e contraposição entre os trabalhos por ela produzidos de 1956 a 2013 com a de outros artistas, como Nuno Ramos, Alfredo Volpi e Cildo Meireles. A exposição tem curadoria de Agnaldo Farias e Paulo Miyada e mostra o trabalho pictórico de Tomie.

Segundo o curador, a exposição é baseada em três eixos, que são preocupações constantes na obra de Tomie: a cor (e seus contrastes), o gesto (as curvas e as espirais presentes em seus trabalhos) e a materialidade (a textura dos materiais). “A obra da Tomie é muito rica no modo de reinventar maneiras de lidar com assuntos que são muito constantes na arte, em geral, e na pintura, especificamente. Tomie conseguiu lidar com isso de maneira muito inventiva e reiventiva ao longo dos anos. Essa exposição acaba sendo uma grande chance de conhecer uma variedade de abordagens da pintura, da cor, do gesto e da materialidade”, disse Miyada.

Outra exposição começa no dia 23 deste mês na Galeria Nara Roesler. Trata-se de uma individual, também com curadoria de Agnaldo Farias, apresentando esculturas e pinturas recentes.

 

RioFilme vai financiar produção de conteúdo para TV por assinatura

 

 

A empresa municipal responsável pela produção audiovisual (RioFilme) lançou uma linha de financiamento com valor inicial de R$ 10 milhões destinada a conteúdos nacionais para veiculação em TV por assinatura. É a primeira vez que a empresa da prefeitura do Rio promove uma ação não vinculada ao cinema.

De acordo com o diretor-presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, o programa está relacionado à Lei nº 12.485, chamada Lei da TV Paga, que instituiu cotas semanais mínimas de três horas e meia, em horário nobre, para a veiculação de conteúdos produzidos no Brasil. A regra está em vigor desde setembro de 2012 e define também que metade desse conteúdo seja feita por produtoras independentes, além de obrigar a criação de canais de conteúdo majoritariamente nacional.

Outra linha de investimento é para produção de filmes de longa-metragem, também com R$ 10 milhões. “Eles são alocados de acordo com o desempenho dos filmes dessas produtoras e distribuidoras no mercado de cinema em 2011 e 2012˜, explicou Leitão.

Foi lançado ainda o programa de editais da RioFilme, com inscrições de projetos a partir de 11 de março. “São investimentos não reembolsáveis em cinema e TV via editais, que têm R$ 11,5 milhões em sete linhas. Nesse caso, a RioFilme não faz jus a uma participação nas receitas e os projetos são selecionados por critérios culturais e sociais.”

De acordo com Leitão, a estimativa é que, com a vigência plena das cotas na TV paga, a demanda por conteúdos nacionais cresça dez vezes, saltando de 200 horas de programação nacional para pelo menos 2 mil horas nesse processo de vigência das cotas. “Isso vai representar um aumento exponencial em produção independente para TV paga. Vai saltar de R$ 120 milhões em 2012 para R$ 1,7 bilhão em 2016. É realmente muito significativo. E o nosso objetivo com essa linha é tentar fazer com que boa parte desse conteúdo seja feita no Rio de Janeiro, por empresas cariocas, para que a gente possa gerar emprego e renda aqui no Rio.”

 

Mostra reúne 21 filmes franceses na Caixa Cultural

 

 

De Alain Resnais a  Eulzhan Palcy, o Rio recebe um panorama do cinema francês. Segundo Izabella Souza do portal da secretaria de Estado de Cultura, a Caixa Cultural promove a segunda edição da mostra 21 Filmes Franceses Contemporâneos que vai reunir produções conhecidas no Brasil e filmes de pouca ou mesmo nenhuma circulação no país.

Para o curador da mostra, Alexandre Guerreiro, “temos a sensação de conhecer o cinema francês, mas ele passa pelo recorte do mercado exibidor. Queremos fazer um apanhado da produção francesa”. Com o apoio da embaixada da França no Brasil, a ideia é fazer um recorte do cinema francês contemporâneo, exibindo filmes atuais, apesar da inclusão de quatro longas da década de 90. Na programação estão nomes como Jean Luc-Godard e cineastas pouco conhecidos do público como Eulzhan Palcy.

Entre os sucessos de bilheteria estão “As Neves do Kilimanjaro”, “ Intocáveis” e “O Pequeno Nicolau”. Numa outra vertente, a mostra exibe também títulos que não tiveram circulação comercial, dando ao público oportunidade de ver obras raras nas salas brasileiras, como Claude Lévi-Strauss por ele mesmo.

A seleção, em cartaz até o dia 3 de março, reúne ainda cineastas de outras nacionalidades que realizaram coproduções com a França, como é o caso do norte-americano Julian Schnabel e o seu “O Escafandro e a Borboleta”, indicados a quatro categorias do Oscar 2008.

fonte:DRedação

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