Para Dilma, aumento de gasolina é menor que redução de tarifa elétrica

A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã desta terça-feira (5), em entrevista a rádios locais do Paraná, que o aumento no preço da gasolina é bem menor do que a redução da tarifa de energia elétrica. Ela afirmou ainda que cumprirá a promessa de desonerar “integralmente” os produtos da cesta básica, para reduzir o preço final de itens básicos, como arroz e feijão, para o consumidor.

De acordo com anúncio do governo federal, o corte na tarifa de energia para residências será de 18% e para a indústria, de até 32%, e o aumento de 6,6% no litro da gasolina nas refinarias e, para o diesel, o reajuste ficou em 5,4%. =

Dilma comparou a redução da tarifa energética ao aumento da gasolina quando falou de inflação em entrevista a radialistas do Paraná. Para ela, o preço da gasolina é “inexorável”.

“A inflação também sofre efeitos do aumento do preço da gasolina. Mas eu só queria dizer que o aumento do preço da gasolina e do diesel é um valor bastante menor ao chegar à bomba do que os valores da redução da tarifa de energia”, disse.

Segundo a presidente, o preço da gasolina sofre ainda impacto do mercado internacional”. “O governo brasileiro e todos os governos do mundo, o que eles querem, eles querem controlar a volatilidade, ou seja, que não haja grande flutuação no preço da gasolina. Agora, em determinados momentos é inexorável, a Petrobras tem que aumentar o preço porque senão, caso contrário, as perdas dela são muito grandes.”

Dilma destacou também que “não dá para considerar que uma coisa compensou a outra”. “O aumento do combustível vai sem bem menor, mas bem menor mesmo, que a redução na tarifa de energia”, ressaltou.

Cesta básica
Ao dizer que vai desonerar “integralmente” os produtos da cesta básica, Dilma destacou que o governo reverá o conceito de cesta básica por considerá-lo “ultrapassado”.

“O conceito de cesta básica está um pouco ultrapassado. Como a lei que definiu a cesta básica é bastante antiga, nós estamos revisando quais são os produtos que integram a cesta básica a fim de que nós possamos desonerar integralmente, até porque é uma promessa minha de alguns anos atrás. Nós tentamos fazer até o final do ano, nós estávamos negociando com os estados para desonerar os impostos estaduais como está muito difícil fazê-lo nós tomamos a iniciativa de fazer só pelo governo federal”, afirmou.

Redução da inflação
Para a presidente, a redução da tarifa energética vai ajudar na redução da inflação em 2013.

“Vai reduzir preços, quando a gente considera que afeta todas as famílias do país, sem exceção. Terão na sua conta de luz o mínimo de redução de 18%. Eu tenho consciência também que a melhoria no preço da energia para os industriais, como a redução de até 32%, vai beneficiar uma maior produção, maior contratação e maior competitividade, tanto dos produtos feitos no exterior, quanto dos produtos que comercializamos lá fora”, afirmou.

Às rádios paranaenses, Dilma disse lamentar que a Copel, empresa de energia do estado, tenha rejeitado as condições do acordo proposto pelo governo para a redução de tarifas. Quatro estados governados pelo PSDB não aderiram a proposta, a Cesp (São Paulo), a Cemig (Minas
Gerais) e a Celg (Goiás), além da Copel.

A presidente afirmou que, mesmo assim, os consumidores do Paraná terão desconto de 19,28% na tarifa de energia. “Se a empresa se recusou, não era certo, do nosso ponto de vista, que os consumidores do Paraná não tivessem direito também a receber a redução na conta de luz”, disse.

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