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Chico Buarque faz 81 anos
Neste 19 de junho, o Brasil celebra a vida e a obra de Chico Buarque, um dos maiores artistas de sua história. Poeta, músico, dramaturgo e escritor, ele completa 81 anos com um legado que atravessa gerações.
Chico Buarque sorrindo durante apresentação, com camisa azul e microfone ao lado, celebrando 81 anos de carreira e vida.
Nascido em 1944, no Rio de Janeiro, Chico Buarque de Hollanda cresceu cercado de livros, ideias e música. Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, o jovem Chico logo mostrou talento para transformar palavras em poesia e sentimentos em canção.
Formado em arquitetura pela USP, abandonou os cálculos e os projetos para seguir o caminho da arte. Em 1966, conquistou o Brasil ao vencer o Festival de Música Popular Brasileira com a canção “A Banda”, interpretada por Nara Leão.
Durante os anos sombrios da ditadura militar, Chico se tornou símbolo de resistência política. Suas músicas passaram pela censura, enfrentaram proibições e mesmo assim ecoaram nas vozes do povo.
Hinos como “Apesar de Você”, “Roda Viva” e “Cálice”, feita em parceria com Gilberto Gil, se tornaram trilhas sonoras de quem lutava por liberdade.
Exilado na Itália em 1969, Chico voltou ao Brasil trazendo na bagagem um dos álbuns mais importantes da MPB: “Construção”, lançado em 1971. Até hoje, esse disco é referência por sua construção poética inovadora e seu olhar crítico sobre o país.
Além da música, Chico Buarque encontrou na literatura outro território para sua criatividade. Seus romances “Estorvo”, “Budapeste”, “Leite Derramado” e “O Irmão Alemão” conquistaram prêmios importantes como o Jabuti e o prestigiado Prêmio Camões, o maior reconhecimento da literatura lusófona.
Seja com letras de música ou páginas de romance, Chico continua a retratar o Brasil com olhar afiado, crítico e, ao mesmo tempo, profundamente humano.
Chico Buarque é mais que um artista. É um cronista da nossa história, um poeta da resistência e um intérprete sensível das emoções humanas.
Aos 81 anos, Chico segue inspirando gerações de músicos, escritores e leitores. Suas canções continuam a embalar corações, suas palavras seguem provocando reflexões, e sua voz, mesmo após décadas, permanece necessária.
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Vídeo: Putin, Kim Jong-un e o código secreto do microfone
A mensagem oculta em plena reunião de cúpula
Nem sempre os grandes sinais políticos acontecem nas capas dos jornais ou nas manchetes dos telejornais internacionais. Às vezes, eles surgem discretamente, em vídeos de circulação restrita, compartilhados apenas por alguns perfis alternativos nas redes sociais. Foi o que ocorreu com uma gravação recente da reunião entre Vladimir Putin e Kim Jong-un, analisada por alguns observadores atentos.
O vídeo, ainda pouco repercutido nos meios de comunicação tradicionais, mostra um momento carregado de simbolismo: Putin, durante a fala oficial, toca o microfone à sua frente três vezes, de forma calculada e ritmada. Em seguida, lança um olhar direto a Kim, que, após uma pausa significativa, repete o mesmo gesto. Não há ali uma conversa audível, nem um discurso formal entre os dois. Mas, para quem conhece os jogos de poder, o que se vê é uma troca de códigos clara: um sinal de alinhamento estratégico, passado diante das câmeras, mas invisível ao entendimento superficial de boa parte do público.
A cena chama atenção não apenas pelo inusitado da coreografia, mas pelo contexto em que ela ocorre. Estavam ali, frente a frente, duas das figuras mais enigmáticas da geopolítica mundial, cercadas por seus principais generais, ministros e assessores. Uma reunião diplomática de alto nível, com câmeras, jornalistas e analistas internacionais atentos a cada detalhe.
A pergunta que inevitavelmente surge é: por que recorrer a um código gestual, mesmo estando rodeados de seus próprios aliados?
A resposta está nas camadas invisíveis da política global.
Mesmo entre seus pares mais próximos, Putin e Kim sabem que a confiança absoluta é um bem raro. Reuniões desse nível são monitoradas por dezenas de serviços de inteligência internacionais. Além disso, dentro de suas próprias comitivas, podem existir divisões, jogos de poder internos e riscos de vazamentos futuros.
Numa era de escutas ambientais, softwares de leitura labial, inteligência artificial para decodificação de vídeo e vigilância por satélites, até um simples cochicho pode se tornar prova documental num tribunal ou numa reunião da ONU.
Por isso, optaram pelo código. Não era só um gesto. Era uma forma cifrada de expressar concordância estratégica, sem deixar rastro verbal. Um método clássico entre líderes que precisam validar, em tempo real, decisões sensíveis, evitando que até mesmo seus ministros ou generais entendam de imediato o conteúdo da articulação.
Putin, ex-agente da KGB, é um mestre nesse tipo de linguagem subterrânea do poder. Kim Jong-un, produto de uma dinastia política treinada no segredo e no controle de informação, respondeu com precisão.
Para analistas de política internacional, a troca de sinais é uma evidência de que o alinhamento entre Moscou e Pyongyang ultrapassou a formalidade diplomática. Trata-se de uma confirmação mútua em tempo real de que ambos os lados seguem de acordo com o que foi previamente definido nos bastidores.
Três toques no microfone. Um olhar direto. Uma pausa controlada. Três toques de volta.
Na prática: “Entendi. Estamos juntos. Vamos adiante com o que foi combinado.”
Diante da atual conjuntura global — com a guerra na Ucrânia, as sanções econômicas contra Moscou, as provocações nucleares da Coreia do Norte e a intensificação de exercícios militares conjuntos entre EUA e Coreia do Sul —, esse pequeno vídeo ganha uma dimensão que ultrapassa a sala onde foi gravado.
Mesmo que o vídeo ainda não tenha alcançado grande repercussão na mídia tradicional, sua circulação em nichos digitais e perfis especializados já acendeu o alerta entre analistas de segurança e geopolítica.
O gesto silencioso foi, na verdade, um recado velado, porém eloquente, para Washington, Bruxelas, Seul, Tóquio e todas as demais potências interessadas no equilíbrio de forças do século XXI: Temos um pacto. E não é preciso dizer mais nada.”
Enquanto o mundo tenta decifrar os próximos passos de Rússia e Coreia do Norte, Putin e Kim continuam jogando xadrez — mas com peças invisíveis, num tabuleiro que só eles enxergam por completo.
