Posto blindado, reconhecimento facial e drones com câmeras termais reforçam segurança em presídio no RN

 Ao todo, são mais de 200 itens que irão reforçar o novo sistema de segurança do Presídio Federal de Mossoró, no Oeste potiguar  |   BNews Natal - Divulgação Presídio Federal de Mossoró

Um posto de inspeção blindado, catracas com reconhecimento facial, drones com câmeras termais e equipamentos de alta definição para monitoramento. Ao todo, são mais de 200 itens que irão reforçar o novo sistema de segurança do Presídio Federal de Mossoró, no Oeste potiguar.

E tem mais: até o mês que vem, a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública deverá concluir e entregar o aprimoramento da infraestrutura elétrica do presídio, que há quase um ano e meio sofreu a primeira fuga de presos do sistema penitenciário federal do país.

Muralha em 2026

Uma muralha também será erguida no entorno da unidade, cercando todo o perímetro.Para isso, serão empregados mais de R$ 28 milhões. A estrutura, que está na fase de fundação, só deverá ficar pronta em julho do próximo ano.

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, mais conhecidos como "Tatu" e "Martelo"
Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, mais
conhecidos como “Tatu” e “Martelo”

A fuga de Tatu e Martelo

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, mais conhecidos como “Tatu” e “Martelo”, são integrantes do Comando Vermelho no Acre. Os dois fugiram do Presídio Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro de 2024, em pleno carnaval. Foi a primeira fuga de um presídio federal do Brasil. Ambos foram recapturados dia 4 de abril, após permanecerem foragidos por 50 dias.

Eles foram encontrados e presos na ponte que atravessa o Rio Tocantins, no município de Marabá, Sudeste do Pará, 1.600 quilômetros de distância de Mossoró. A operação envolveu o monitoramento de três veículos que, segundo as investigações, davam cobertura à fuga. Ao todo, seis pessoas foram presas nos três carros. Um dos foragidos foi capturado pela PF, e outro, pela PRF.

Campos Neto critica discurso de ‘nós contra eles’ e rebate Haddad sobre herança de juros

‘Não é verdade que seja um imposto para ricos. Isso não resiste a uma conta simples do aumento do custo

Roberto Campos Neto foi presidente do Banco Central (BC) até dezembro de 2024/Ed Alves/CB/DA Press
Roberto Campos Neto foi presidente do Banco Central (BC) até dezembro de 2024 (Ed Alves/CB/DA Press)

Estadão Conteúdo

Em primeira entrevista após quarentena, o ex-presidente do Banco Central (BC) Roberto Campos Neto prevê alta da dívida de 3 a 5 pontos por ano se governo não fizer superávits. Ele disse que qualquer decisão sobre as contas públicas no País atualmente cai na polarização política entre ricos e pobres.

“O discurso de ‘nós contra eles’ é ruim para todo mundo. Não é o que vai fazer o País crescer de forma estrutural. Precisamos unir todo mundo, o empresário, o empregado, o governo”, disse ao jornal Folha de S.Paulo em entrevista publicada neste domingo (6) mas realizada um dia antes de assumir o cargo de vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank, em 1º de julho.

Campos Neto respondeu às críticas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o acusou de deixar uma herança de juros altos para seu sucessor no Banco Central, Gabriel Galípolo. “É lamentável quando se dá mais importância à construção de uma narrativa do que à busca de soluções estruturais”, disse Campos Neto.

O ex-presidente do BC disse não ter por princípio não “criticar pessoas, apenas ideias”. ” Como já havia um presidente [do Banco Central] participando das decisões, procurei, ao me aproximar da saída, dar mais espaço e peso à participação dele. Ele mesmo veio a público e confirmou isso.“ Ele ainda contou que esteve recentemente com Galípolo na Suíça e que voltaram juntos no mesmo voo.

Gabriel Galípolo à frente do BC: “Irretocável”

Ao falar do trabalho de Galípolo como presidente do BC, Campos Neto disse não ter “nenhum reparo a fazer”. “Eles têm atuado de forma técnica, comunicado com transparência. Está fazendo um trabalho irretocável. Só que o problema não está no lado monetário, está no lado fiscal. O BC é um pouco passageiro desse momento fiscal, onde tem uma incerteza, uma guerra de narrativas. Inseriu-se um elemento político dentro do debate fiscal, que eu acho que está muito forte hoje”.

Campos Neto também negou qualquer intenção de apoiar uma eventual candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Embora tenha evitado entrar nas especulações, Campos Neto comentou que percebe um movimento de fortalecimento da direita na América Latina. “As ideologias de esquerda são obcecadas por igualdade, mas não necessariamente pela redução da pobreza”, afirmou.

A crônica domingueira. Por Magno Martins

    Por Magno Martins – Jornalista, poeta e escritor  –  Meus avós tiveram forte influência na minha formação. De todos, o que convivi mais de perto foi Severo Martins, pai da minha mãe Margarida Martins. Augusto, pai de meu pai Gastão Cerquinha, não conheci. Morreu antes do meu grito ao mundo, mas vovó Mariinha, sua esposa, me colocou no colo, contou Histórias de Trancoso e povoa a minha mente até hoje com doces recordações.