Com 41 assinaturas no Senado oposição vai pedir impeachment de Moraes

Correio Braziliense

Em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição no Senado protocolou, nesta quinta-feira (7/8), um pedido de impeachment contra o magistrado. A peça reuniu as 41 assinaturas exigidas para ser apresentada formalmente. A última adesão veio do senador Laércio Oliveira (PP-SE), confirmada pela manhã.

Com o protocolo do pedido, os senadores bolsonaristas anunciaram o fim da obstrução aos trabalhos legislativos e da ocupação da Mesa Diretora do Senado. A estratégia agora será pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a dar andamento ao processo. A decisão sobre o acolhimento cabe exclusivamente a ele.
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, pautas que interessam a todos, para aquém das questões ideológicas”, afirmou o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), em pronunciamento no Senado.

Lançamento de “Os Leões do Norte” emociona Sanharó e reafirma a importância da memória política de Pernambuco

     O lançamento do livro Os Leões do Norte, do jornalista Magno Martins, na noite desta terça-feira (5), na Câmara de Vereadores de Sanharó, foi marcado por um êxito retumbante. Com o plenário lotado, a obra ganhou espaço não apenas nas estantes, mas nos corações e nas bibliotecas públicas do município, por iniciativa do prefeito César Freitas (PCdoB), que demonstrou sensibilidade histórica ao acolher e prestigiar o autor em um evento memorável.

Ao lado do prefeito, estiveram presentes o vice-prefeito Rodrigo Didier (PSB), a secretária de Assistência Social Águeda Brito, diversos secretários municipais, vereadores e o blogueiro Paulinho Muniz (Blog Abelhudo), além de uma expressiva plateia de leitores e admiradores que fizeram fila para garantir seus exemplares autografados.

A obra, fruto de extensa pesquisa historiográfica e jornalística, reúne 22 perfis biográficos de ex-governadores de Pernambuco que governaram entre 1930 e 2022. Mais do que uma coletânea de trajetórias políticas, Os Leões do Norte é um testemunho necessário à preservação da memória institucional do Estado, ressaltando o papel decisivo de Pernambuco como forjador de grandes lideranças nacionais.

Hoje, quarta-feira (6), o ciclo de lançamentos segue para a cidade de Pesqueira, onde Magno Martins será recebido na Câmara de Vereadores, às 19h, com apoio do prefeito Marcos Cacique (Republicanos). O livro continua sua jornada pelo interior na quinta-feira (7) em Arcoverde, sob coordenação do presidente da Câmara, Luciano Pacheco (MDB), e se encerra em Venturosa, onde o prefeito Kelvin Douglas (PSD) mobilizou a rede pública de ensino para prestigiar o evento e valorizar a obra como fonte de consulta escolar.

Cada parada do itinerário de lançamento reforça a relevância da obra como instrumento de conhecimento, cidadania e reflexão crítica sobre a história recente do Estado. Os Leões do Norte não é apenas um livro: é um ato de resistência contra o esquecimento, uma convocação à consciência política e um tributo àqueles que, entre acertos e erros, moldaram os destinos de Pernambuco.

ATAQUE AO PROJETO B. Por CLAUDEMIR GOMES

Sport

Por CLAUDEMIR GOMES – O empate – sem gols – com o Bahia, na décima-sexta apresentação do Sport no Brasileiro da Série A, selou a sorte do rubro-negro pernambucano na competição. Embora, levados pela emoção, e alimentados por uma gama de cronistas formados pelo You Tube, centenas de torcedores leoninos sigam debruçados na tabela de classificação buscando saídas através de mutações.

É como se o sujeito estivesse no corredor da morte a espera de um milagre.

Certa vez, quando dava meus primeiros passos como repórter do Diário de Pernambuco, o sábio Ênio Andrade me fez a seguinte advertência, e pediu para que não esquecesse jamais: “Garoto! Quando vocês da imprensa falam que, matematicamente ainda existe chance, a vaca já foi para o brejo”, alertou com sabedoria um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro.

Quinta-feira (31/07/25), em almoço promovido pela Sucursal Recife do Panathlon Club, ouvi de Josenildo Carvalho, ex-técnico da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei, uma frase lapidada pelo pragmatismo: “No profissionalismo não existe sorte, existe competência”.

O presidente do Sport, Yuri Romão, recentemente fez um “mea culpa” assumindo os erros da desastrosa campanha que o Clube da Ilha do Retiro vem descrevendo no Brasileiro: 16 jogos e nenhuma vitória. A regularidade da incompetência é o produto da arrogância, da soberba e da prepotência de um grupo de dirigentes que pouco sabem da matéria futebol, e tiveram seus egos inflados com uma sofrida ascensão a Série A e a conquista do título do Pernambucano cujo brilho foi empanado por uma derrota para o Retrô no jogo final.

Como o pior cego é aquele que não quer enxergar, o fracasso do Sport no Brasileiro deve ser creditado ao presidente por ter bancado a incompetência dos seus pares, bem traduzida na montagem do grupo e na troca de técnicos, ao trazer, para missão quase impossível, um profissional sem histórico na Série A. Vale lembrar que: primeiro é primeiro e segundo é segundo em qualquer lugar do mundo.

Sabemos que, uma história não se escreve com um único capítulo.

Yuri tem méritos e qualidade na sua passagem pela presidência executiva do Sport. É um bom captador de recursos; restaurou grande parte do patrimônio da Ilha do Retiro; mas errou na escolha dos “cardiologistas” que iriam tomar conta do coração do clube que é o futebol.

Quando lhe é conveniente sabe ser político. Ouviu sugestões de vários ex-presidentes, mas não pôs nada em prática. Acabou desgostando, ou magoando a todos. Afinal, sua “escutatória” não serviu para nada.

Evidente que, este capítulo tão sombrio que estávamos testemunhando, não será o ponto final de sua história na Ilha do Retiro. O manifesto de pessoas que vimos reivindicando sua saída não tem nenhuma representatividade. Pode ter até um número expressivo de insatisfeitos, mas sem representatividade os gritos de “fora Yuri” não produzem eco.

Bom! Como o futuro se constrói hoje, vale alguém sugerir ao presidente atacar o Projeto B desde já.