Após acusações, Dilma e Alckmin se encontram em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se encontraram nesta segunda-feira (12) após trocarem acusações no início do mês sobre as falhas do sistema metroviário na capital paulista. Ambos deixaram o clima hostil de lado e adotaram discurso positivo.

O encontro ocorreu na inauguração da primeira etapa do etanolduto entre Ribeirão Preto – um dos maiores polos produtores de etanol do país – e Paulínia, um dos principais polos de distribuição de combustíveis.

A presidente e o governador subiram juntos no palco para a cerimônia. O cerimonial da Presidência da República, responsável pela organização do evento, chamou os dois ao mesmo tempo. O mais comum em eventos é anunciar o governador e, só depois, a presidente.

Após a cerimônia, Alckmin embarcou com Dilma no carro da presidência e juntos seguiram para o aeroporto da cidade.
Em ambas as falas, a presidente e o governador deixaram as críticas de lado e fizeram um discurso proativo do setor sucroenergético e das obras de logística para escoar a produção, como o etanolduto e a hidrovia Tiête-Paraná, que será responsável por transportar etanol da região de Catanduva para Piracicaba, no interior paulista.

Alckmin destacou o plano energético paulista e a produção de energia limpa pelo Estado. Dilma, por sua vez, destacou a parceria entre o público e o privado na construção do etanolduto e pediu aos empresários para que não esqueçam da hidrovia.

Segundo a presidente, as obras de infraestrutura no Brasil não fundamentais para o país crescer. ‘Trecho do alcoolduto faz parte de um grande esforço do país para modernizar sua infraestrutura logística. Precisamos disso não só para escoar a produção e sermos competitivos, mas como elemento fundamental para o país crescer’, disse.

A execução do projeto do etanolduto custou R$ 1 bilhão e conta com recursos federais, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A obra deverá ter 1,2 mil quilômetros e ligar Goiás ao Porto de Santos. O investimento total previsto é de R$ 7 bilhões.

Com informações da Folha de S.Paulo.