Ipojuca e Oxitec firmam parceria para construção de fábrica

A Prefeitura do Ipojuca e a Oxitec do Brasil assinaram, na última segunda-feira, no Summerville, um protocolo de intenções para implantação de uma unidade de produção da multinacional britânica no município. O documento prevê a concessão de incentivos à empresa como contrapartida ao investimento que será feito pelo Grupo.

A prefeitura acredita que a chegada da fábrica trará benefícios como a geração de empregos e o aumento da arrecadação municipal, além de considerar este projeto um ponto essencial de incentivo à inovação no município e ao combate de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.

O protocolo assinado destaca, entre os objetivos das políticas de desenvolvimento econômico de Ipojuca, a elevação do nível de qualificação, capacitação e retenção da mão de obra local; o estímulo à produção científico-tecnológica e a promoção da atração de investimentos sustentáveis.

A cerimônia de assinatura do protocolo de intenções contou com a presença da prefeita Célia Agostinho Lins de Sales, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Perez Queiroz, e do procurador municipal, Marcos Henrique de Lira e Silva. A Oxitec foi representada por seu diretor-geral no Brasil, Jorge Espanha, que esteve acompanhado do general reformado do exército norte-americano Thomas Bostick, vice-presidente sênior e chefe do Setor Ambiental da Intrexon.

O Aedes do Bem

Uma das tecnologias criadas e produzidas pela Oxitec é o Aedes do Bem. O mosquito geneticamente modificado é utilizado no combate ao Aedes aegypti selvagem, vetor transmissor de doenças como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela urbana.

Os mosquitos desenvolvidos pela Oxitec são mosquitos machos – que não picam e não transmitem doenças. Ao serem liberados, esses machos buscam e copulam com fêmeas selvagens do Aedes aegypti e seus descendentes herdam um gene autolimitante – que não persiste e nem se espalha no meio ambiente – que faz com que eles morram antes de atingir a idade adulta.

Os descendentes do Aedes do Bem também herdam um marcador fluorescente que permite que eles sejam identificados no laboratório, permitindo o seu acurado monitoramento e a avaliação da eficácia durante todo o programa de uso da tecnologia.