DO DIARIO DE PERNAMBUCO
O governador Eduardo Campos (PSB) não descartou ontem o viés político nas denúncias de superfaturamento nos contratos feitos pela empresa Ideia Digital, direcionados à informatização de escolas públicas. “A minha primeira preocupação sempre é de esclarecer. É de responder à sociedade com tranquilidade e com presteza. Agora, ninguém aqui é inocente para achar que não tem interesse político. Ninguém é inocente”, afirmou o socialista, eventual candidato a presidente em 2014.
Eduardo fez o comentário quando questionado sobre investigações anteriores da Polícia Federal que apontam desvios de recursos dos convênios do Ministério da Ciência e Tecnologia com a empresa para financiamento de campanha de políticos do PSD e do PSB, entre eles o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB).
“Ele (Ricardo Coutinho) não foi ouvido. Não há nenhuma comprovação disso”, frisou Eduardo. Indagado se tais notícias poderiam respingar no PSB, afirmou que nada mais tinha a dizer além do que já havia dito em entrevista, logo após participar da abertura do fórum estadual de ciência e tecnologia.
Em relação aos contratos (R$ 77,5 milhões) entre o governo do Estado de Pernambuco e a Ideia Digital, afirmou que a Polícia Federal não comprovou “absolutamente” nada contra o Estado. “Por determinação nossa, desde o ano passado, quando foi noticiado que essa empresa tinha problemas nos contratos, determinamos a suspensão dos contratos e a retenção dos pagamentos para que a Controladoria do Estado investigasse”. O diagnóstico ficará pronto em 30 dias.