— Botei uma pedra na mão dele para remeter à frase que Jesus disse em defesa de Maria Madalena, “que atire a primeira pedra quem nunca tiver pecado”. A pedra também pode significar o pão. Religião vem do latim “religare”, que significa religação. E ele está religado à terra através do cajado. Quero colocá-lo ainda sobre a areia, que é o fim de tudo, para onde todos retornaremos.

É, o trabalho de Andrade, que é baiano e se mudou para o Rio há 40 anos para viver de arte, é cheio de simbologias. E de boas intenções. O artista plástico diz que fará uma tiragem de apenas 11 pequenos Papas: Dez serão doados a instituições de caridade para que elas possam leiloá-los e usar a verba arrecadada para auto-sustento. Só um será vendido, ao preço de R$ 5 mil, para pagar suas despesas.

— Quero que a arte ajude as instituições na realização da justiça, da generosidade e da cultura — justifica ele, conhecido por retratar, em miniatura, personalidades como o cantor e compositor Tom Jobim, o físico alemão Albert Einstein, o escritor Jorge Amado e o presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa.

Instituições interessadas em receber um exemplar da homenagem a Francisco e quem quiser adquiri-lo, podem entrar em contato com o artista pelo site <zeandrade.com>.