
_Grupo se posiciona contrário ao conjunto das noivas regras da reforma política que será votado nesta semana no Congresso Nacional e mobiliza a sociedade lançando uma petição pública de coleta de assinaturas_
O Grupo Mulheres do Brasil, que congrega sete mil mulheres que atuam em diversas frentes, por meio de seus comitês, posiciona-se contra o Distritão e o Fundo Partidário de R$3,6 bilhões, cuja aprovação tramita em Brasília, nesta semana.
Como medida prática, o grupo lançou uma campanha pública, cadastrada no site Avaaz.org , mobilizando toda a sociedade, por meio de coleta de assinaturas. As integrantes do Grupo começaram a compartilhar o link da campanha em suas redes sociais, e agora já circula por todos os canais da internet. Em cinco dias de campanha, a petição já conta com mais de 9.700 mil adesões.
Segundo Ligia Pinto Sica, a ação foi idealizada pelo Comitê de Políticas, que atua em prol de ações que contemplem toda a sociedade. “O objetivo é coletarmos o máximo de assinaturas, não podemos dizer sim a uma reforma política que privilegie os políticos mais conhecidos, as campanhas eleitorais mais caras e não dê chances à renovação e à transformação ética que buscamos”, argumenta uma das líderes do comitê.
Para Ana Drummond, líder do mesmo comitê, o posicionamento do grupo é uma questão de ética na política. “Com o Distritão, os votos para os partidos deixam de existir e os candidatos com a maioria simples dos votos são eleitos. Ou seja, ganha quem já está na política”, explica Drummond.
As líderes também comentam a posição contrária do Grupo em relação ao Fundo Partidário. O aumento do Fundo Especial de Financiamento da Democracia (FFD), composto por recursos da União correspondente a 0,5% da receita líquida dos último 12 meses, prevê que este valor atingirá o montante aproximado de R$3,6 bilhões. “Quem vai pagar essa conta é a sociedade. Não podemos compactuar com esse aumento. Estamos trabalhando por uma alocação ética dos recursos públicos. Defendemos que é mais importante que os recursos sejam bem empregados e alocados em saúde e educação, não no aumento do Fundo Eleitoral!”, dizem Ana e Ligia.
Para as idealizadoras do Grupo Mulheres do Brasil, as empresárias Luiza Helena Trajano e Sonia Hess, o lançamento desta petição deve servir de alerta para os políticos e também demonstra o poder de mobilização do Grupo, que, embora seja apartidário, tem entre seus objetivos formular e analisar políticas públicas que contemplem também a diversidade e as minorias. “Portanto, este é o nosso apelo para o Congresso Nacional. Nós, Mulheres do Brasil, dizemos não ao Distritão e ao aumento do Fundo Eleitoral”, enfatiza Sonia Hess. “Nós somos protagonistas das mudanças que queremos para o Brasil”, conclui Luiza Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil.
O link para assinatura da petição no site Avaaz.org é o
http://bit.ly/naoaofundopartidariobilionarionaoaodistritao
*Sobre o Grupo Mulheres do Brasil*
O Grupo Mulheres do Brasil foi criado em outubro de 2013 por 40 mulheres executivas de diferentes setores. Sob a liderança da empresária Luiza Helena Trajano, presidente da organização, almeja ser o maior bloco de mobilização política apartidária do Brasil. Entre suas frentes de atuação estão educação, saúde, empreendedorismo feminino, combate à violência contra a mulher e igualdade racial.
O intuito do Grupo é encorajar e fortalecer o protagonismo das mulheres na formulação de propostas e soluções para o País. Além de executar projetos próprios, o grupo atua em parcerias com ONGs, e faz a interlocução com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Hoje, conta com mais de sete mil participantes no Brasil e no exterior, em países como Portugal e Holanda.