Piquenique no front

Obra-prima do Teatro do Absurdo, “Piquenique no Front”, de Fernando Arrabal, estreia no dia 12 de julho em temporada que irá até 18 de agosto, no Centro Municipal Parque das Ruínas, em Santa Teresa, Rio. Com direção e tradução de Jacqueline Laurence, a peça do autor espanhol, que em 2012 completou 80 anos, terá uma apresentação especial somente para convidados, em 20 de julho.

A tradução de Jacqueline Laurence para Piquenique no Front já foi encenada em várias cidades do Brasil, mas esta é a primeira vez que ela dirige o espetáculo. A peça, que não era montada no Rio de Janeiro desde 2006, trata de maneira particular e peculiar sobre o olhar de filhos e pais em relação à guerra.

Arrabal, escritor, pintor, poeta, dramaturgo, diretor e cineasta, é também autor de “O cemitério de automóveis”, “O Arquiteto e o Imperador de Assíria” e outras tantas obras que o tornaram célebre. O artista espanhol também realizou cerca de sete longas-metragens, com destaque para  “Viva la muerte”, publicou mais de dez novelas, cem peças de teatro e centenas de livros de poesias.

Piquenique no Front é uma produção da Cineteatro Produções, em parceria com os atores e produtores Alexandre Lino (ainda em viagens com a peça “Domésticas”, pela qual recebeu indicação ao Troféu Ítalo Rossi por sua atuação), Leo Campos, Mariana Martins, Tom Pires e Eduardo Almeida (produtor executivo).

O Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas foi escolhido para a apresentação deste espetáculo pela estrutura histórica de ruínas que remetem ao cenário de destroços da Segunda Guerra Mundial, época em que a peça se passa. O espaço, localizado em Santa Tereza, foi inaugurado em 1997 pela Secretaria das Culturas do Rio de Janeiro onde antes se localizava a residência de Laurinda Santos Lobo. O Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas funciona como espaço nobre para a cultura na cidade do Rio de Janeiro com exposições de artes visuais, música, teatro e performances.

O espetáculo Piquenique no Front conta de forma bem humorada, original e absurda, a história do soldado incompetente Zapo que, em combate, recebe num domingo a inesperada visita dos seus pais, o Senhor e Senhora Tépan para um piquenique em pleno front de batalha. Sem entender a situação de seus pais, Zapo acompanha essa atividade familiar com acontecimentos insólitos, um piquenique no meio de uma guerra, entre bombas, tiros e rajadas, como a prisão do soldado inimigo Zepo e a visita de farejadores à procura de feridos. A gentileza e tranquilidade de todos não é abalada, em meio de bombardeios de aviões, metralhadoras e granadas eles cantam, brincam e dançam.

 

Fernando Pessoa na serra e no mar

Atração na Flip com o recital “Lendo Pessoa à beira mar”, em Paraty,  o poeta também é o personagem central de uma exposição em Petrópolis. “Brasil-Portugal: o mar que nos separa, a língua que nos une” tem versos de Fernando Pessoa conduzindo a mostra, que pode ser vista no Centro Cultural Fase-FMP.

“Convidamos o visitante a realizar duas viagens. Uma é a que fez com que Portugal se lançasse ao mar para descobrir novos mundos. A segunda é a que cada um de nós realiza em nossas vidas, nos levando a descobrir novos sonhos”, diz Ricardo Tammela, coordenador de Projetos Especiais da Faculdade de Medicina de Petrópolis.

“Brasil-Portugal: o mar que nos separa, a língua que nos une” está aberta até 31 de outubro, de segunda a sexta, das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 18h. A entrada é franca. O Centro Cultural Fase-FMP fica na Av. Barão do Rio Branco, 1003 (24 2244-6471), Petrópolis.

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Foto Rio 2013 nos centros culturais

Até 27 de setembro, oito espaços culturais da prefeitura do Rio de Janeiro passam a integrar, com exposições e outras atividades, a programação do Foto Rio 2013, o grande evento bienal de arte fotográfica da cidade, aberto no final de maio. A primeira mostra, reunindo trabalhos de 56 artistas do coletivo Alaf, foi aberta no Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, em Santa Teresa, na região central do Rio.

No mesmo bairro, o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo sedia, a partir de 11 de julho, a exposição A Transição – do Tradicional ao Contemporâneo, que apresenta a produção fotográfica do estado do Rio Grande do Norte. No mesmo mês, a partir do dia 18, o Teatro Carlos Gomes, na Praça Tiradentes, vai abrigar a mostra Desmame, do coletivo Café com Gelo.

Na zona norte do Rio, a Lona Cultural Terra, em Guadalupe, e a Arena Carioca Fernando Torres, em Madureira, terão mostras do grupo Escambal, com curadoria do consagrado fotógrafo Walter Firmo. De acordo com o fotógrafo e antropólogo Milton Guran, coordenador do Foto Rio, essa programação reflete a diversidade do evento, “que abrange desde a fotografia mais erudita aos registros não profissionais, feitos pelo cidadão comum, com seus celulares e câmaras digitais”.

Na vertente mais artística, o Centro Cultural Hélio Oiticica abrigará, a partir de 10 de agosto, mostras de sete fotógrafos brasileiros e estrangeiros. Também em agosto, a cidade do Rio de Janeiro será tema de duas exposições no Memorial Getúlio Vargas, na Glória, zona sul da cidade: O Renascer do Rio, com fotografias de Augusto Malta, e Os caminhos do Valongo, do artista João Maurício Bragança.

Inaugurado em março deste ano, o Museu de Arte do Rio (MAR), mais novo equipamento cultural da prefeitura carioca, também não ficará de fora do Foto Rio 2013. De 7 a 9 de agosto, o museu sediará o 7º Encontro sobre Inclusão Visual do Rio de Janeiro.

Ao todo, em espaços municipais, estaduais, federais e privados, o Foto Rio 2013 abrange cerca de 100 mostras, debates e outras atividades até setembro. A programação completa está disponível no site www.fotorio.fot.br

com informações DR