O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é duro quando se trata das obras da Copa 2014 e propõe até CPI em Brasília para investigá-las. Em Minas Gerais, no entanto, a história é outra. Lá, são os deputados da oposição que querem examinar a parceria que o governo tucano fez para a reforma do estádio do Mineirão. Até agora, em vão. O grupo de apoio ao senador e a seu sucessor, o governador Antonio Anastasia, não deixa a ideia vingar. Quem ‘entrega’ é Mônica Bergamo, na sua coluna de hoje, na Folha de S.Paulo:
”O deputado Paulo Guedes (PT-MG), líder da oposição a Anastasia, afirma que “o grupo do Aécio não deixa ter CPI em Minas”. Até ontem, ele já tinha coletado 22 das 26 assinaturas necessárias para investigar supostas “irregularidades nas licitações e custos” do Mineirão. A obra custou R$ 695 milhões. Guedes diz: “Quem não assinar vai ter que se explicar”.
Já o líder do maioria, Gustavo Valadares (PSD), nega que o governo mineiro faça pressão contra a criação de comissões. “O que nós não deixamos é que, de forma irresponsável, se criem CPIs apenas para desestabilizar um governo que vem dando certo”, afirma. Já contra o governo Dilma Rousseff, Valadares acha que a investigação é válida. “As obras de mobilidade e infraestrutura estão todas atrasadas”.