De acordo com reportagem do jornalista Rubens Valente (leia aqui), “o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva, que integra a Operação Lava Jato, cobrou da Petrobras que informe todos os negócios que fechou desde 2005 com as empresas do grupo Odebrecht.”
Nas investigações da Lava Jato, descobriu-se que a maior de todas as propinas – os US$ 23 milhões recebidos por Paulo Roberto Costa, que serão devolvidos – foram pagos pela Odebrecht, na Suíça.
No entanto, embora tenha sido alvo de um pedido de busca e apreensão, a construtora de Marcelo Odebrecht não recebeu, até agora, nenhuma punição do juiz Sergio Moro ou dos promotores que integram a força-tarefa da Lava Jato – o que causou estranheza nos meios políticos e econômicos.
Com a revelação do pedido feito pelo delegado Eduardo Mauat da Silva, a sinalização é de que a Odebrecht pode estar sendo alvo de uma investigação paralela. “O delegado pediu que a Petrobras informasse datas, valores e formas de pagamentos dos contratos e nominasse os ‘responsáveis pela aprovação e liberação de cada uma das referidas operações financeiras’. O prazo acabou em meados novembro, sem que a estatal apresentasse nenhuma resposta”, informa o jornalista Rubens Valente.
Em resposta, a Petrobras informou que irá colaborar com a PF. “A Petrobras mantém sua postura de efetiva colaboração com as autoridades públicas que estão conduzindo as investigações no âmbito da Operação Lava Jato.”
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