Empreiteiras podem ser enquadradas na lei anticorrupção

Se propina for confirmada, multa será de 0,1% a 20% do faturamento. Controladoria abriu processos contra oito empreiteiras

 O ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, instaurou os primeiros processos administrativos contra oito empreiteiras envolvidas no esquema de propinas e cartel na Petrobras. Ele também considera que o esquema pode levar essas empresas a serem enquadradas na Lei Anticorrupção, em vigor desde 29 de janeiro.
Os processos foram abertos tomando por base fortes indícios presentes nos autos da Operação Lava-Jato e compartilhados pela Justiça Federal do Paraná.

Esta é a primeira vez em que empreiteiras prestadoras de serviços à estatal serão julgadas administrativamente pela CGU. Para Hage, a falta de regulamentação da Lei Anticorrupção não impedirá um eventual enquadramento nos termos da lei.

Os processos abertos se referem a Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Júnior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran, todas supostamente implicadas no esquema de pagamento de propina em troca de contratos para grandes obras da Petrobras, em especial a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, centro dos desvios operados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef. Os principais executivos das oito empreiteiras chegaram a ser presos na Operação Lava-Jato, no último dia 14.(De O Globo)