Evento na porta da sede da estatal é marcado por tumulto e empurra-empurra. Ex-presidente discursou após uma série de lideranças sindicais
Lula durante encontro do PT em São Paulo (Vanessa Carvalho/Estadão Conteúdo) Veja “Se houve erros, tem que investigar. Se for culpado, tem que ir para a cadeia”. A frase dita nesta segunda-feira pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já não é novidade sempre que uma denúncia de corrupção bate à porta de governos do PT: foi assim na esteira do escândalo do mensalão – que, de fato, levou caciques do PT para a prisão – e agora se dá em meio aos detalhes que emergem do megaescândalo de corrupção na Petrobras, cujas engrenagens são expostas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa em acordo de delação premiada com a Justiça. Também não é novidade a sequência do discurso: conforme as investigações avançam e deixam clara a profundidade dos escândalos, Lula afirma não saber de nada. Mais: volta-se contra aqueles que revelam os desmandos. Se para ele o mensalão nunca existiu – notícias sobre o esquema de compra de votos de parlamentares eram apenas tentativas de desestabilizar seu governo -, a Petrobras é hoje alvo de “ataques”. Após uma tumultuada caminhada no centro do Rio, com muito empurra-empurra, o ex-presidente discursou em um palco montado de frente para a sede da Petrobras, na Avenida República do Chile. O ato “não partidário”, segundo o petista, tinha como ideia inicial comemorar o aniversário da estatal. “Depois, decidimos quer era preciso defender a Petrobras de ataques que ela vem sofrendo”, afirmou Lula, para uma plateia de sindicalistas e trabalhadores que seguravam bandeiras de candidatos da base aliada do PT. |