Jovens realizam tarefas semelhantes às que enfrentariam em situações reais do mundo do trabalho e são avaliados por sua formação técnica. Assim funciona a Olimpíada do Conhecimento, que começa hoje (3) em Belo Horizonte (MG). Participam estudantes com menos de 21 anos e que tenham cumprido ao menos 400 horas em cursos de aprendizagem, qualificação industrial ou formação técnica de nível médio.
Esta é a primeira edição em que alunos dos Institutos Federais, além de alunos do Senai e do Senac participarão da competição. Ao todo, serão 726 competidores, quase sete vezes mais que na primeira edição da Olimpíada, em 2001. Entre os competidores, 597 (82%) são oriundos do Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e 88 preparam-se para torneios internacionais de educação profissional, sendo 80 (91%) do Pronatec. O Pronatec tem mudado o perfil de qualificação profissional no Brasil – com cursos técnicos de alta qualidade, garante a formação e a entrada no mercado de trabalho.
A valorização do ensino técnico pelo governo federal pode ser medida pelos investimentos. Em 2003, o Brasil tinha 140 escolas técnicas. Ao final de 2014 serão 562 escolas técnicas. Ou seja, em 12 anos, foram criadas 422 escolas técnicas, 208 delas no governo Dilma Rousseff. O número de matrículas no ensino técnico por meio do Pronatec é outra boa medida: já foram realizadas 8 milhões e o programa se prepara para receber mais 12 milhões. O Pronatec tem três pilares fundamentais: gratuidade, qualidade e diversidade dos cursos. O programa se baseia na parceria com o sistema S, onde a maioria dos cursos é realizada, mas também foi fundamental para o sucesso do Pronatec a retomada dos investimentos para expansão da rede federal de educação técnica e tecnológica.
Os competidores mais bem colocados em cada modalidade da fase nacional concorrem a uma vaga para a competição mundial, a WorldSkills Competition, que, em 2015, será realizada em São Paulo. Na WorldSkills Américas 2014, em Bogotá, o Brasil teve a maior pontuação entre todas as delegações. Outra oportunidade conquistada no evento: os projetos inovadores apresentados pelos participantes passam a ter a chance de conquistar financiamento para colocá-los no mercado, transformando-os em cientistas empreendedores.