Governador de Goiás por três mandatos, no berço do agronegócio, e candidato à reeleição com chance de vencer, o tucano Marconi Perillo trocou Aécio Neves pela presidente Dilma Rousseff (PT), escancaradamente.

Marconi tem indicado há meses que fará campanha para a presidente Dilma se ela for ao segundo turno.

A traição eleitoral tem dois motivos: Marconi não perdoa o abandono de Aécio durante a CPI do Cachoeira, quando foi bombardeado e o presidente do PSDB sumiu; e principalmente porque o governo de Goiás negocia com a Eletrobras a venda de 51% da Companhia Energética do Estado, a Celg, em crise financeira.

O governo federal deve aportar R$ 1,9 bilhão na estatal goiana, para ‘reestruturação’. O acordo foi assinado na noite desta terça-feira sem as pompas cerimoniais previstas para esta quarta pela manhã.

Desde o ano passado Marconi negocia a venda da Celg para a Eletrobras, cuja negociação passa diretamente pelos gabinetes do Planalto.