No ano passado, numa das vindas da presidente Dilma Rousseff a Pernambuco, rolaram comentários, nos bastidores, sobre a impaciência da petista. Convidados que viajaram com ela no avião presidencial teriam presenciado manifestações de mau humor da chefe da nação.
As informações ficaram circunscritas aos bastidores, mas, vez por outra, são confirmadas em episódios, como ocorrido nesta quarta (06.08) durante a sabatina da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA).
Uma nota da coluna Radar online (Lauro Jardim, da Veja) informa que a irritação da presidente com uma pergunta de uma jornalista sobre a farsa da CPI da Petrobras foi tão evidente que poderia ensejar a algum assessor mais corajoso sugerir à chefe que desse uma relida nas apostilas com os ensinamentos do curso a que se submeteu em 2010 ou procurasse outra arte marcial para aliviar a tensão o mais rápido possível.
Naquela campanha, quando tentava o primeiro mandato, Dilma, ciente do temperamento que tem, recorreu aos serviços de uma especialista em media training que usava técnicas de aikido, entre outros conceitos, no treinamento de políticos e executivos para enfrentar crises e fases de alto estresse.
As explosões, vale destacar, não são exclusividade de Dilma. Outros políticos de expressão nacional costumam usar um verniz de serenidade e compostura em público – diante da imprensa principalmente – mas rodam a baiana nos gabinetes diante de assessores e secretários. Às vezes, não se controlam e são capazes de partir para a grosseria com os jornalistas mesmo.
Em campanha presidencial, José Serra (PSDB), por exemplo, deixava escapar seu destempero sempre que era perguntado sobre algum tema incômodo. Como reação, arregalava os olhos (ainda mais), agarrava, sem pedir licença, o crachá do repórter e afirmava que estava sendo perseguido pela empresa para a qual aquele profissional trabalhava.
DP