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Carlos Brickmann Um belíssimo samba de 1938, de Ciro de Souza e Waldomiro ‘Babaú’ José da Rocha, fez um tremendo sucesso com Aracy de Almeida. E faz sucesso até hoje: nesta última quarta-feira, dia em que não houve jogo da Copa, dois dias antes do jogo seguinte do Brasil, só seis comissões da Câmara Federal tiveram número para funcionar. Há 22 comissões na Câmara. Dezesseis nem se mexeram. O Supremo Tribunal Federal, informam seus ministros, sofre com a sobrecarga de trabalho. Mas está de férias em julho (terá novas férias, naturalmente, de 20 de dezembro até a primeira semana de janeiro). Os tribunais, em todo o país, estão sobrecarregados. Mas magistrados, diferentemente dos demais brasileiros, têm 60 dias de férias por ano – os federais têm também o recesso, além das férias. No samba de Ciro de Souza e Babaú, quem trabalha é que não tem nada. No Facebook, um internauta desavisado pergunta se a lei não é para todos. É; está na Constituição. Outros grandes compositores, Noel Rosa e Lamartine Babo, lembram, em samba gravado por Mário Reis, que o Sol nasceu para todos. Mas é preciso completar, sabiamente: e a sombra só para quem sabe das coisas. |
