Pedro Corrêa vai ao STF por direito ao trabalho externo

Diario de Pernambuco.

O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) pode conseguir o direito de voltar a trabalhar fora do Centro de Ressocialização do Agreste, no município de Canhotinho, onde cumpre pena em regime semiaberto após condenação por envolvimento no esquema do mensalão. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, na noite de ontem (25), o ex-ministro da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Dirceu (PT), a trabalhar durante o dia em um escritório de advocacia em Brasília, decisão que pode repercutir favoravelmente ao ex-parlamentar pernambucano.

A decisão em favor dos condenados partiu do novo relator do processo do mensalão, o ministro Luís Roberto Barroso, que assumiu o posto após o pedido de afastamento do ministro Joaquim Barbosa, então relator da ação penal.

Pedro Corrêa espera retornar aos trabalhos como médico radiologista numa clínica localizada na cidade de Garanhuns, durante o cumprimento de pena de 7 anos e 2 meses, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A autorização poderá permitir ao ex-deputado cumprir um expediente de segunda a sexta, das 8h às 17h30, e aos sábados, das 8h às 12h.

De acordo com o advogado de defesa de Pedro Corrêa, Clóvis Corrêa, a decisão anterior, que revogava o direito ao trabalho externo, “era estapafúrdia”. “Creio que ele [Pedro Corrêa] não consiga trabalhar amanhã [hoje], mas na sexta-feira ele deve comparecer. Ele tem pacientes que sentem falta dele”, explicou o advogado.

Corrêa só poderá voltar a trabalhar depois que Barroso decidir favoravelmente a ele. Caso isso se confirme, o ministro irá comunicar a Vara de Execuções Penas e esta deve proceder os trâmites para liberar o trabalho do ex-parlamentar.