| Carlos Brickmann
Mas as coisas mudaram. Geraldo Alckmin, que chegou a governador de São Paulo, deixou sua PM acreditar que o Movimento Passe Livre faria uma passeata sem baderna, e retirou o policiamento da rua. Resultado: os black-blocs de sempre, como sempre, fizeram as depredações de sempre. E o noticiário, como sempre, disse que os manifestantes eram pacíficos mas foram infiltrados, tadinhos. Lula chegou à Presidência e fez sua sucessora. Foi o grande responsável por trazer a Copa ao Brasil. Dilma disse que essa Copa era para o povo brasileiro. Aconteceu o que aconteceu: Dilma foi vaiada na abertura da Copa, com transmissão por rede mundial de TV, e tanto ela quanto Lula jogaram a culpa no público. No estádio, só haveria torcedores brancos e ricos (como, acreditam, Joaquim Barbosa), gente que nunca trabalhou, nunca pegou numa enxada. Ou seja, os Governos Lula e Dilma aplicaram dinheiro público (R$ 8 bilhões, em seu próprio cálculo) para proporcionar à elite branca, endinheirada e, horror dos horrores, paulistana, a possibilidade de assistir a uma Copa num estádio magnífico como o do Corinthians. Que, a propósito, sem Lula não teria sido feito. Alckmin e Lula acham que acreditamos. Bobos não são. São é muito espertos. Depois da passeata do Movimento Passe Livre, Alckmin é chuchu ou banana? |
Nos tempos em que a Seleção brasileira tinha ao menos quatro craques disputando cada posição, a deputada Conceição da Costa Neves, rainha da Assembléia paulista, definiu o Legislativo. “É o retrato do Estado. Tem honesto, tem ladrão, tem sábio, tem ignorante. Só não tem bobo, porque bobo não chega aqui”.