A Federação das Misericórdias e Entidades Filantrópicas de Pernambuco (Fehospe), em parceria com o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe), promoveu, ontem (19), um almoço para ouvir as propostas para a área da saúde do candidato do PSB ao Governo do Estado, Paulo Câmara. As entidades também apresentaram suas demandas para o setor em um documento que será analisado pela equipe que elabora o programa de governo da Frente Popular. A principal reivindicação é de mais ajuda financeira às unidades, que sofrem com o congelamento da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) há dez anos e sobrevivem graças às parcerias realizadas com o governo estadual, oferecendo serviços em troca de recursos complementares. Em seu discurso, Paulo Câmara ressaltou a participação “cada vez menor” do Governo Federal no setor da saúde e lembrou, por exemplo, que em 1988, a União entrava com 85% dos recursos públicos destinados à área, e hoje, segundo ele, investe apenas 44,6%. ‘Nas andanças que estamos fazendo para ouvir a população é fácil identificar que a saúde é uma das áreas onde o estado mais avançou nos últimos anos. Fizemos ações estruturais com os três hospitais metropolitanos, trouxemos as UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] e ampliamos a capacidade de atendimento da rede dobrando o número de leitos. Também ampliamos a parceria com os municípios, com o cofinanciamento’, disse o socialista. Apesar dos avanços, ponderou o pré-candidato, ainda há muito a ser feito. ‘Vamos empoderar as entidades filantrópicas para que possam manter e ampliar o seu trabalho. Vamos levar as propostas do setor e estudar a melhor maneira de incluí-las em nosso programa de governo. Mas desde já assumimos um compromisso, que é o décimo terceiro repasse anual para as pequenas e médias entidades. Saibam que continuarão tendo no governador um parceiro’, pontuou. |