O italiano que comprometeu festa de abertura da Copa

Renato Manzano

 O italiano Franco Dragone foi o diretor artístico da abertura da Copa do Mundo – esse espetáculo insosso e pobre que assistimos não sem grande decepção e certa vergonha. Afinal, queríamos que o Brasil fizesse bonito, um show inesquecível!

Havia lido que Dragone era queridinho do Blater e ele mesmo havia anunciado que discutia nos bastidores “com exclusividade” a abertura e
o encerramento do evento no Brasil. Foi dele a escolha da coreógrafa belga Daphné Cornez que até que se esforçou, mas… Que fiasco!

Tudo bem que o Dragone fez lindos espetáculos para o Cirque du Soleil e a abertura da Eurocopa etc. Mas tenho algumas questões: por que a FIFA sequer abriu a possibilidade para uma Cia brasileira? Por que o Dragone não chamou coreógrafos brasileiros? Como vários amigos postaram, tantos profissionais excelentes por aqui!

A resposta é que, para a FIFA de Blatter, a Copa não é do Brasil e sim, por um acaso, no Brasil. A “brasilidade” ficou por conta da visão dos europeus sobre nosso país. Para a FIFA a Copa é “apenas” um grande negócio de merchandising.

Exemplo: quem escolhe quem vai cantar e o que vai se cantar na
abertura é a Sony. Essa musiquinha fraquinha, fraquinha “We are One” que foi defendida com esforço e energia louváveis pelos três
intérpretes, é coisa da Sony, que poderia ter sido mais competente.
Mas esse não é o problema. A FIFA quis ganhar demais em cima dos
brasucas!