O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou ontem, na convenção que oficializou a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo, que enfrentar o PT no Estado não criará dificuldades políticas no plano nacional, no qual ele é o vice na chapa encabeçada pela presidente Dilma Rousseff. — No palanque federal, o Paulo (Skaf) e todo o PMDB estão comigo e com a presidente Dilma. Uma coisa é a campanha para São Paulo, e outra coisa é a campanha para o plano nacional — disse. Para não contagiar a união na esfera nacional, a campanha de Skaf deve mostrar o empresário como uma alternativa à polarização PT-PSDB no estado. Skaf também não deve atacar os petistas. — Estamos todos juntos (PT e PMDB) na área nacional. O palanque será Dilma/Temer. Aqui em São Paulo, porém, evidentemente que há uma divisão, e o eleitor vai ter que decidir. Não há dificuldade, nós temos aqui uma boa convivência, temos isso no plano municipal e vamos levar para o plano estadual — disse Temer, referindo-se à base de Haddad (PT), que conta com o PMDB. — É normal que o governador esteja em primeiro lugar (na pesquisa) do Datafolha. O que essa pesquisa mostra é que acabou a polarização que existe há 20 anos no estado. Agora, o PMDB e o PSDB estão polarizados. Skaf atacou os tucanos em seu discurso e prometeu ampliar o metrô da cidade. — Nós não queremos 1,5 quilômetro; queremos 70 quilômetros em quatro anos — disse, referindo-se ao ritmo de expansão do metrô sob o tucano Geraldo Alckmim. Segundo o PMDB, oito mil pessoas compareceram à convenção que referendou a candidatura de Skaf com apoio de 596 dos 599 votantes.(De O Globo) |
