Eduardo condena “domínio partidário” na Esplanada

G1.

A política ministerial do governo Dilma Rousseff (PT) voltou a ser criticada pelo pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. Em entrevista a uma rádio do Sertão da Paraíba, na manhã desta sexta-feira (13), o ex-governador considerou desnecessária a existência de 39 ministérios e reprovou o que chamou de “domínio partidário” na gestão das pastas.

Em cerca de 40 minutos de entrevista, Eduardo disse que, quando assumiu o Governo de Pernambuco, em 2007, combateu o “domínio partidário” nas secretarias estaduais. Segundo ele, o sistema era parecido com o atual nos ministérios.

“Tive que lidar com a tal política do ‘pistolão’ quando cheguei ao governo. As secretarias também se encontravam em um cenário parecido com o visto nos ministérios, mas não me dobrei. Indicamos realmente quem tinha competência para gerir cada uma das áreas”, disse.

Segundo ele, a “partidarização” dos ministérios facilita a nomeação de gestores que possuem histórico de corrupção. Ele reforçou ainda que o combate a práticas corruptas no governo passa por uma reformulação no modo como os gestores são escolhidos para os ministérios.

Repasse para os municípios – O pré-candidato também avaliou a redução do repasse do Governo Federal aos municípios. Eduardo argumentou que nos últimos três anos os prefeitos brasileiros têm passado por um “arrocho”.

“De cada 100 tributos recolhidos pela União, uma quantia de R$ 14,50 voltavam para as prefeituras. Atualmente esse valor caiu para R$ 11. É preciso haver um equilíbrio, favorecer os municípios mais pobres com um repasse mais elevado, porque é a partir desse repasse que são feitos os investimentos em saúde, educação e segurança pública”, completou.