O fotógrafo Luiz Cláudio Marigo morreu na última segunda-feira (2/6) em decorrência da falta de atendimento no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O profissional passava de ônibus em frente ao hospital quando sentiu fortes dores no peito, mas não foi atendido devido à greve no local, informou o jornal O Globo.
Reconhecido por suas imagens de natureza, o fotógrafo de 63 anos tinha suas imagens estampadas em revistas como a Geográfica Universal e nos álbuns do Chocolate Surpresa.
Crédito:Reprodução/ Facebook
Marigo já havia trabalhado para a revista “Geográfica Universal”
Luiz Cláudio voltava para casa por meio do transporte público, usando as linhas de ônibus da cidade por volta das 11h30m. Alegre, brincando e conversando com os outros passageiros, ele teria começado a sentir um incômodo no peito, o que poderia ter ocasionado um infarto. Em busca de socorro, o motorista parou em frente ao INC, mas não conseguiu ajuda, pois o hospital está em greve e não possuía um médico no local para fazer o atendimento de emergência.
Sem saber do que estava acontecendo, a mulher do fotógrafo havia passado pela região às 12h50m, mas não se atentou para o que tinha ocorrido. Como o marido não possui celular, diz ela, ela não conseguia contatá-lo. Até que o filho do casal reconheceu o pai numa fotografia divulgada pelo site do jornal carioca.
Em nota, o Instituto Nacional de Cardiologia informou que não houve tempo para prestar socorro a Luiz Cláudio. Coube ao paramédico do serviço de emergência a prestação dos primeiros socorros ao fotógrafo.
Antes de Luiz Cláudio morrer, os bombeiros ainda tentaram reanimá-lo por aproximados 40 minutos, mas sem sucesso, relatou o motorista. O fotógrafo será sepultado nesta terça-feira, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.