Ministro sugere que a Copa está sendo bombardeada por um “canhão da mídia”

Faltando apenas 17 dias para o início da Copa do Mundo no Brasil, Vinicius Lages, ministro do Turismo, foi entrevistado pela BBC Brasil para falar das expectativas da pasta acerca do evento. Ele sugeriu que o torneio está sendo “bombardeado” por um “canhão da mídia”.
Crédito: Glauber Queiroz/MTur
Ministro diz que imprensa tem “canhão” informativo contra a Copa

Para o ministro, a cobertura da imprensa reflete o fato de o país ser “uma força política” e uma “economia que cresce e incomoda”. “Mesmo que estivesse tudo redondo, sempre iam achar alguma coisa para colocar a lupa”, disse.

Questionado sobre as críticas que apontam que o campeonato poderá criar uma imagem negativa do Brasil, o ministro ressalta os resultados positivos já alcançados. “Pode até sair na mídia algo que possa ser prejudicial à imagem do país, mas o que importa é que o turista estrangeiro ou o turista brasileiro que visitar uma cidade-sede será bem acolhido. Na Copa das Confederações, com todas as manifestações e as imagens que foram projetadas (pela imprensa), 75% dos que visitaram o Brasil disseram querer voltar”, afirma.
Com destaque à organização das doze cidades-sede para a realização do mundial, Lages diz não se surpreender com a pesquisa do Instituto Datafolha que pontua que 55% das pessoas acham que a Copa trará mais prejuízos do que benefícios ao país. “Também, com essa guerra, né? Dê para mim um canhão de mídia para todo dia dizer que não vai ser assim (sobre a empolgação para a Copa) que eu ganho o jogo. É todo o dia bombardeio: “Ninguém quer Copa, ninguém quer Copa”. Isso não é verdade”.
“O Brasil realiza uma Copa de escala sem precedentes, que integra doze cidades. Não tenho dúvida que a síntese da imagem (do Brasil na Copa) será a de um país hospitaleiro, acolhedor, um lugar para se celebrar”, salienta. Em contrapartida, Lages declara que já possível enxergar a empolgação da sociedade em torno do evento. “Mais de 400 mil brasileiros já participaram do Tour da Taça, por exemplo. Agora, querer que a gente fique fazendo demonstração de patriotismo, de ufanismo só para sair na foto de uma capa de uma revista internacional é tolice”, conclui.