Agência Estado. O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, na noite de ontem (15), que voltará a cortar os salários dos servidores que recebem acima do teto constitucional, que hoje é de R$ 29,4 mil. O peemedebista informou que a Casa Legislativa já cumpriu a determinação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ouvir os servidores afetados. A medida valerá para a folha de pagamento deste mês e atinge 800 funcionários, entre ativos e inativos. “Dei essa ordem hoje, juntamente com a Mesa e a Diretoria-Geral, que a essa altura já deve estar ultimando as correções necessárias para que a folha de pagamento a ser gerada este mês já venha extirpada dos supersalários”, declarou Renan. Em fevereiro, em uma liminar concedida a pedido do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis), o ministro entendeu que o corte nos salários dos funcionários do Congresso Nacional não poderia ter sido feito sem que eles fossem ouvidos. Comunicação – O senador informou também que fará um corte de R$ 5 milhões nos gastos da Diretoria de Comunicação Social da Casa. A redução de 15% atinge diretamente a TV e a Rádio Senado, que custam anualmente R$ 29 milhões aos cofres legislativos. De acordo com o presidente, o objetivo é investir na modernização da TV Senado e na transmissão digital. “Esse contrato da comunicação social é um contrato que se prorroga, de uma forma ou de outra, há 17 anos. É um contrato eivado de vícios e que precisa ser enquadrado não apenas na racionalização, mas na própria transparência do Senado Federal. Esse excesso do Senado, esse gigantismo, como todos sabem, acaba prejudicando a gestão e os investimentos tão necessários à modernização”, concluiu. |