Cineastas pernambucanos lançam curta-metragens com mensagens anticrack

 

Vídeo de Camilo Cavalcante faz analogia entre arma de fogo e a pedra de crack. Foto: PCR/Divulgação
Vídeo de Camilo Cavalcante faz analogia entre arma de fogo e a pedra de crack. Foto: PCR/Divulgação

Oito cineastas pernambucanos assinam curtas-metragens de meio minuto para a campanha 30 segundos contra o crack, da Prefeitura do Recife. Os vídeos serão lançados nesta segunda-feira (5), às 19h, em sessão gratuita no Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175, Boa Vista), onde também serão exibidos depoimentos dos realizadores. A partir de terça-feira (6), passam a ser veiculados nos intervalos de todas as emissoras de televisão do estado. Foram destinados R$ 86 mil para o projeto, R$ 10 mil por filme.

Todo o material audiovisual será disponibilizado no hotsite www.30scontraocrack.com.br, onde também há informações sobre como ajudar usuários de entorpecentes. A curadoria do projeto é do jornalista André Dib. Em 2015, a Secretaria de Segurança Urbana, que executa a campanha, pretende lançar outra edição, desta vez com vídeos feitos por moradores de comunidades periféricas.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=WYCS_ZC2KLA?list=PLSHp8pjwQnAaD_QnzOrgQl4h4_PXf5l9g&w=560&h=315]

Atire – Tuca Siqueira

Os curtas por eles

“Fiz metalinguagem com os gêneros cinematográficos. Existe a aventura, o romance e o filme de terror, que é o que pode se tornar a vida do viciado”.
– Antônio Carrilho

“Ter 30 segundos e total liberdade para discutir o crack me deixou inquieto e reflexivo sobre como abordar”. 
– Camilo Cavalcante

“Comparei o assédio do crack a outros tipos de violência a que os adolescentes são submetidos e podem evitar”.
– Kátia Mesel

“Embora seja um tema pesado e forte, quis mostrar algo positivo. Passar a mensagem de que há uma saída”. 
– Kleber Mendonça Filho

“Usei a história de Teta, ex-presidiária, usuária e traficante de crack. Coloquei-a de frente ao público, como quem teve a experiência e saiu forte”.
– Marcelo Lordello

“Drogas, legalizadas ou não, são parte do dia a dia de grande parte da população. A questão é quando o uso deixa de ser lúdico”. 
– Marcelo Pedroso

“A vontade foi contextualizar a situação de quem, na periferia, se envolve com o uso ou com a venda da droga”.
– Neco Tabosa

“Usei o verso de um amigo que terminava dizendo ‘atire a pedra que você fuma’. Quis mostrar o incômodo de todo usuário ser julgado.” 
– Tuca Siqueira

Números
370 mil
brasileiros são usuários regulares de crack e drogas semelhantes

 

150 mil
deles estão no Nordeste (40%)
50 mil
deles são crianças e adolescentes (14%)

fonte:DP