A pesquisa divulgada neste final de semana pela revista Istoé, em parceria com o Instituto Sensus, e que aponta pela primeira vez a possibilidade de um segundo turno nas eleições presidenciais de 2014, foi comemorada pelo pré-candidato tucano, o senador mineiro Aécio Neves, que afirmou existir um “sentimento de cansaço em relação ao atual governo”, referindo-se a administração da presidente Dilma Rousseff (PT), pré-candidata à reeleição. Apesar da euforia tucana, a metodologia utilizada no estudo já está sendo alvo de questionamentos por analistas políticos.

“Essa pesquisa confirma um sentimento que nós percebemos no Brasil inteiro, de cansaço em relação a tudo que estamos assistindo. A falta de capacidade do governo de apresentar respostas claras a todas às demandas da sociedade e todas essas denúncias sucessivas de desvios, que de alguma forma impactam na avaliação do governo. As pesquisas, como nós sempre dissemos, é um momento, então nós temos de ter muita tranqüilidade para continuar a trabalhar e apresentar ao Brasil uma nova proposta de seriedade, de eficiência na gestão pública. Mas claramente há hoje um cansaço grande em relação ao atual governo”, disse Aécio, nesta sexta-feira (3), ao participar da Expozebu, em Uberaba, Minas Gerais.

Mas como nem tudo são flores, a metodologia empregada na pesquisa já vem sendo questionada. A razão é que a listagem com os nomes dos candidatos foi apresentada aos entrevistados em ordem alfabética – o que faz com que o nome de Aécio neves apareça no topo da lista – e não em cartões circulares para evitar privilegiar qualquer um dos pré-candidatos.

Confira aqui a matéria publicada sobre os critérios utilizados na pesquisa conduzida pelo cientista político Ricardo Guedes, do instituto Sensus. (Do portal BR 247).