G1. O advogado Michel Saliba, responsável pela defesa do deputado federal licenciado André Vargas, informou que o cliente protocolou, na manhã desta sexta-feira (25), no diretório do Partido dos Trabalhadores, em Londrina (PR), pedido de desfiliação da legenda. De acordo com o advogado, o deputado não tem intenção de renunciar ao cargo de parlamentar e deixou a legenda porque não tem mais apoio do partido e quer se dedicar à defesa no Conselho de Ética na Câmara Federal. Vargas sofria pressão do partido para renunciar ao mandato devido às denúncias de envolvimento dele com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Lava Jato. A operação revelou um esquema de lavagem de dinheiro, supostamente comandado por Youssef, que movimentou R$ 10 bilhões. Na última quarta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, se reuniu com deputados da bancada do partido na Câmara Federal e cobrou publicamente a renúncia de Vargas. O PT pretendia levar o caso para a comissão de ética da legenda e cogitava até a expulsão do deputado. André Vargas responde a processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que poderá resultar em cassação. No último dia 7 de abril, com a finalidade de se defender das denúncias, Vargas pediu licença de 60 dias do mandato de deputado. Na semana passada, renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara Federal. |