Valor.

Um dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduzir a nota do Brasil, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, colocou em dúvida a credibilidade da empresa e defendeu a política econômica do governo Dilma Rousseff (PT). A ministra alfinetou a agência afirmando que a Standard & Poor’s não conseguiu identificar a crise financeira internacional que abalou grandes economias.

“A nota de uma agência de risco que não conseguiu sequer perceber o risco da crise de 2008 tem que ser levada em consideração com as consequências que isso pode advir, mas sempre relevando, porque aquilo que vem sendo feito no Brasil tem melhorado de forma significativa a vida da população”, afirmou Ideli.

Apesar das críticas aos erros das agências de risco, principalmente no pico da crise global, em 2008, tais avaliações ainda servem de parâmetro para grande parte do mercado internacional. As decisões das agências tendem a causar impacto no dólar e na Bolsa de Valores.

De acordo com a ministra, os parâmetros econômicos estão preservados. “Os números da economia brasileira são sólidos e contundentes no sentido da qualidade de vida da população. É o emprego, o controle macroeconômico, são as nossas reservas cambiais, é o investimento direto que nós temos tido, inclusive bastante diferenciado de outros países. Portanto, temos a convicção que estamos trabalhando conforme os interesses da maioria da população e preservação da economia brasileira”, afirmou.