por SUENEN CHAVES
Quando falamos em Menopausa, logo de imediato verificamos que boa parte das mulheres se interessam pelo assunto. A menopausa, pelo que o próprio nome indica, refere-se ao momento onde cessam as ovulações e mestruações, ao passo que o climatério está relacionado ao período onde começa a haver uma oscilação gradual nos níveis hormonais. Quando o corpo da mulher deixa de produzir os hormônios chamados femininos( por existirem em maiores concentrações nas mulheres do que nos homens) os efeitos são invarialmente desastrosos. É no climatério que ocorre sintomas como: a fadiga, alterações no sono, dispareunia, alterações psíquicas, flacidez mamária, ondas de calor, mestruações irregulares. Sempre quando fala-se na menopausa, pensa-se que a mulher precisa de estrogênio, quando, na verdade, o hormônio que mais se reduz nessa fase é a progesterona. Até bem pouco tempo também se pensou que o tipo de hormônio disponível no mercado para reposição hormonal fosse igual aos hormônios endógenos (produzidos pelo organismo humano), mas já se sabe que eles são, apenas, parecidos. Se o organismo funcionava às mil maravilhas até os níveis de hormônios começarem a cair, parece natural que se possa ajudá-lo a continuar mantendo a sua vitalidade, sem sintomas desagradáveis, mediante um suprimento extra de hormônios. Isso é reposição hormonal. Agora, porque tanta polêmica se, em tese, reposição hormonal é o melhor que se pode fazer para a manutenção da qualidade de vida da mulher? A polêmica é porque, em vez de os laboratórios produzirem hormônios iguais aos produzidos pelo organismo humano, fizeram um produto “parecido”. E “parecido” não é igual. Experimente abrir a porta da sua casa com uma chave muito parecida com a verdadeira: você pode até conseguir, mas vai acabar estragando tanto a chave quanto a fechadura, e, o que é pior, depois você não vai mais conseguir abrir a porta nem com a chave certa. É esse o problema. O hormônio “parecido” ocupa o lugar do endógeno, prejudica o organismo e acaba, até mesmo, impedindo que o próprio hormônio endógeno desempenhe suas funções. Depois que esses hormônios “parecidos” começaram a ser usados, as mulheres começaram a infartar mais e a ter mais câncer de mama. Coincidência? Não! Grandes e sérios estudos têm sido realizados sistematicamente para verificar os riscos oferecidos pela reposição hormonal, feita com esses hormônios “parecidos”, comprovando que ela tem aumentado os riscos de câncer de mama e de doenças cardiovasculares, entre outras. Mas esse problema está em vias de ser solucionado, porque, paralelamente ao pânico instalado com divulgação dos resultados desses estudos, iniciou-se a produção de hormônios com estrutura molecular idêntica à daqueles produzidos pelo organismo humano. Estou falando de “hormônios bioidênticos” ou isomoleculares. Se você está pensando que, porque são produzidos em laboratório, os “hormônios bioidênticos” também podem ser prejudiciais, engana-se! O fato de uma substância ser produzida em laboratório não significa que ela é ruim assim como o fato de ser natural não significa que é boa. Veneno de cobra é natural e mata. No caso dos hormônios, o que caracteriza a bioidentidade é a estrutura molecular idêntica à do hormônio produzido pelo organismo humano. Isso é o bastante. Se você for abrir a porta da sua casa com a chave original, que veio junto com a fechadura, ou com uma idêntica, feita pelo chaveiro da esquina, o efeito será o mesmo: a porta se abrirá, sem danos. Para o nosso organismo, também não interessa onde o hormônio foi produzido, desde que ele seja idêntico ao original. Esse é o ponto que a mulher precisa entender para poder argumentar e fazer o uso de tratamentos de forma consciente evitando expor-se aos riscos desnecessários.
Os comentários estão desativados.