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No papel, um dos primeiros atos do presidente do Senado, Renan Calheiros, foi acabar com o departamento médico e transferir os servidores da Casa para o SUS. Na prática, o Senado continua nomeando novos médicos, chamados de “analistas legislativos com especialidade em medicina” no jargão técnico da Casa, como aconteceu em 26 de fevereiro. A austeridade atingiu funcionários da Casa, mas poupou os próprios senadores, que conservam o direito ao atendimento irrestrito durante o exercício do mandato e, fora do Senado, têm uma ajuda de custo de R$ 30 mil por ano.
Gratificação atrasada
O Senado resolveu dificultar o acesso de cidadãos comuns às galerias, onde só se pode entrar, agora, com horário marcado. A ordem é da direção da Casa e cabe sob medida para um ano eleitoral. Evita a presença de estudantes que se divertem no exercício de “vaiar políticos” e permite que os próprios senadores organizem comitivas de cabos eleitorais encarregados de aplaudir seus discursos, que serão gravados para a propaganda eleitoral. (IstoÉ – Paulo Moreira Leite)
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