Cargos e verbas: ação do governo contra motim no PMDB

 

Na reunião de anteontem com a equipe da pré-campanha, o marqueteiro João Santana levou pesquisas a Dilma para dizer que quanto menos ela cede a políticos, mais ela é aprovada. Com o recrudescimento da troca de acusações públicas entre os aliados PT e PMDB, o governo decidiu que é preciso isolar Eduardo Cunha (RJ), líder peemedebista na Câmara e principal protagonista das críticas contra o Planalto, e tentar fortalecer outros setores do PMDB, sobretudo o representado pelo vice Michel Temer (SP). Para diminuir atritos, governo deve aumentar repasse de verbas de emendas parlamentares e ceder mais cargos.

Em reunião anteontem à noite no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula orientaram aliados a não aceitar ‘ultimatos’ de Cunha.

A fórmula do governo para tentar debelar a crise passa ainda por um receituário que até hoje foi incapaz de tirar o PMDB da lista dos principais problemas do governo no Congresso: liberação de emendas, cessão de cargos federais e aproximação com outros caciques do partido. (Com informações da Folha de S.Paulo – Andréia Sadi, Márcio Falcão, Natuza Nery, Valdo Cruz e Gabriella Guerreiro)