Especialista em felicidade dá conselhos para quem sofre com este sentimento
Com o fim do ano se aproximando, muitas pessoas experimentam uma mistura de emoções, desde ansiedade até exaustão. Esse fenômeno, conhecido como “Síndrome do Final do Ano”, é caracterizado por um conjunto de sentimentos que podem impactar a saúde mental e a qualidade de vida. Lorena Villar, especialista em bem-estar e felicidade corporativa e sócia da Felicistart, explica como este período se torna desafiador para muitas pessoas.
– A Síndrome do Final do Ano é marcada por reflexões intensas, encerramento de ciclos e uma avalanche de eventos sociais e profissionais. Tudo isso pode gerar sentimentos de pressão, estresse e ansiedade. É um momento que exige atenção à saúde mental, tanto na esfera pessoal quanto profissional, porque somos seres integrais – afirma a especialista.
Segundo Lorena, os impactos dessa síndrome são amplos. Na vida pessoal, ela destaca o aumento da ansiedade, que frequentemente acompanha prazos apertados e compromissos sociais.
– Além disso, a expectativa de felicidade durante as festas pode exacerbar sentimentos de solidão ou insatisfação, especialmente em quem já enfrenta quadros de depressão – acrescenta.
Outro fator preocupante é o burnout. Lorena alerta que o acúmulo de responsabilidades e compromissos pode levar à exaustão emocional, comprometendo a sensação de realização pessoal e a saúde mental como um todo.
– Esses fatores também impactam as relações. O estresse do período pode gerar conflitos interpessoais e diminuir a qualidade das interações sociais e familiares – pontua.
A especialista ainda destaca como a correria típica de fim de ano prejudica o bem-estar físico.
– O estresse afeta diretamente o corpo, causando problemas como insônia, dores de cabeça e até dificuldades digestivas. Além disso, muitas pessoas negligenciam práticas de cuidado pessoal, como exercícios físicos e alimentação saudável, o que agrava o quadro – explica.
ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM A SÍNDROME
Lorena Villar propõe algumas estratégias baseadas na psicologia positiva para aliviar os impactos da Síndrome do Final do Ano:
- Priorizar o autocuidado – Práticas como meditação, exercícios físicos e manter um diário de gratidão ajudam a reduzir o estresse e cultivam emoções positivas.
- Estabelecer limites – Aprender a dizer “não” é essencial para proteger sua energia e evitar a sobrecarga. A autocompaixão também é fundamental para aceitar seus limites e respeitar seu tempo de descanso.
- Foco nas relações positivas – Valorize interações genuínas e conexões que realmente importam. Isso pode melhorar o humor e fortalecer os laços sociais.
- Celebrar conquistas – Em vez de focar no que não foi alcançado, celebre as pequenas e grandes vitórias do ano. Isso ajuda a cultivar uma perspectiva mais otimista.
- Buscar apoio profissional – Quando os sintomas se tornam difíceis de lidar, procurar ajuda de um terapeuta pode ser essencial para evitar que a situação se agrave.
Por fim, a especialista reforça que o fim do ano não precisa ser um período de sofrimento.
– Com pequenas mudanças no dia a dia e um olhar mais gentil para si mesmo, é possível transformar esse momento em uma oportunidade de encerramento positivo e renovação para o próximo ciclo.