Após provocar pânico no mercado de bitcoin, Musk prevê “falência” dos EUA

Musk diz que o governo dos EUA está se endividando demais

Fabio Lucas Carvalho

Site CPG

Nas últimas semanas, o bilionário e CEO da Tesla, Elon Musk, voltou aos holofotes não apenas por suas polêmicas, mas por gerar um alerta sobre a economia dos Estados Unidos. Em meio a uma série de acontecimentos recentes envolvendo o mercado de bitcoin, Elon Musk lançou uma advertência direta: o EUA estaria caminhando para a falência devido a gastos excessivos do governo.

Mas por que essas declarações de Musk chamaram tanto a atenção? E qual a conexão entre isso e a recente movimentação do bitcoin pela Tesla? Vamos explorar os detalhes dessa situação e explicar de forma clara e objetiva o impacto dessas questões.

OUTROS ATIVOS – A Tesla, que em 2021 comprou uma grande quantidade de bitcoin, voltou a agitar o mercado ao mover 750 milhões de dólares em criptomoedas para novos endereços, gerando especulações sobre uma possível venda dos ativos.

Essa movimentação causou pânico entre os investidores e contribuiu para a recente queda no preço do bitcoin, que anteriormente estava próximo de seus picos históricos, na casa dos 70 mil dólares.

Além disso, Elon Musk usou sua rede social X (antigo Twitter) para reiterar seus alertas sobre a economia americana.

FORA DE CONTROLE – Ele destacou que os gastos desenfreados do governo podem levar o país à falência. Musk enfatizou que 500 bilhões foram adicionados à dívida nacional apenas nas últimas três semanas, criticando o que ele chama de “gastos governamentais fora de controle”.

O impacto dessas declarações vai além das fronteiras das redes sociais. Stanley Druckenmiller, um renomado investidor bilionário, também emitiu um aviso sobre as consequências das políticas monetárias do Federal Reserve.

Com os Estados Unidos enfrentando uma inflação crescente e uma dívida nacional que ultrapassa os 34 trilhões, a economia do país encontra-se em uma posição delicada. E segundo Elon Musk, a falência governamental pode ser uma realidade se nada for feito.

RITMO ALARMANTE – Analistas do Bank of America alertaram que a dívida dos Estados Unidos (quantia de dinheiro que o governo federal toma emprestado para cobrir despesas operacionais) está crescendo a um ritmo alarmante, com projeções de aumento de US$ 1 trilhão a cada 100 dias.

Segundo Michael Hartnett, estrategista-chefe da instituição, essa escalada pode elevar a dívida nacional para US$ 36 trilhões até o final de 2024.

Em nota aos clientes, Hartnett destacou que esse cenário tem impulsionado o debate sobre “desvalorização da dívida“, refletido em máximas históricas nos preços do ouro e do bitcoin, que podem alcançar US$ 2.077 por onça e US$ 67.734, respectivamente.

SINAL DE ALERTA – O crescente endividamento dos EUA acende um alerta para os mercados financeiros, com investidores buscando ativos considerados seguros, como o ouro.

A crise também afeta diretamente o mercado de criptomoedas. O bitcoin, que há alguns meses parecia prestes a atingir novos patamares devido ao apoio de gigantes como BlackRock e o interesse crescente da China, perdeu fôlego.

Essa volatilidade, no entanto, pode ser vista como uma oportunidade para alguns investidores, especialmente aqueles que acreditam que o bitcoin pode se beneficiar da desvalorização do dólar e dos temores sobre a economia tradicional.