Estadão Conteúdo. A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira (24), durante discurso no encontro empresarial Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, que a flutuação do câmbio não deve ser confundida com vulnerabilidade. “A recente desvalorização do real foi seguida de um período de intensa valorização. A desvalorização é mais um sintoma de ajuste do que de vulnerabilidade”, afirmou. Dilma citou o programa de swap do Banco Central, que tem o objetivo de dar mais previsibilidade e estabilidade ao mercado de câmbio, e destacou que as reservas internacionais do país, de US$ 370 bilhões, são mais que suficientes para honrar os compromissos externos e que os fluxos cambiais para o Brasil têm sido estáveis, sistemáticos e constantes. A presidente reforçou a tranquilidade do governo em relação ao bom funcionamento do sistema financeiro do país. “Não abandonamos o processo de reforço do arcabouço institucional bancário”, disse. “Implementamos Basileia 3 e mantivemos solidez financeira com a expansão do crédito de forma estável e consistente”, acrescentou. A petista reafirmou ainda o compromisso com o tripé macroeconômico: meta de superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação. “Controle da inflação e equilíbrio das contas públicas são fundamentais. Desde 1999, a inflação está sob controle, dentro da meta, e o objetivo é continuar perseguindo isso, porque temos uma experiência nefasta com hiperinflação”. |