Embora com climas completamente diferentes, a festa do Recife Antigo e Olinda Beer seguiam firmes durante a noite deste doming0

Grupo Baiano Parangolé anima a noite do domingo no Olinda Beer.
Edmar Melo/JC Imagem
Duas cidades, duas festas, dois carnavais completamente diferentes. Tanto no Recife antigo, quanto nos shows do Olinda Beer, a folia começou cedo na tarde do domingo pré-carnavalesco. À noite, a alegria ainda contagiava, mas de maneiras diferentes. No Bairro do Recife o cenário era de multiculturalismo e presença forte de jovens, casais, crianças e famílias. Em Olinda, o ambiente era de curtição regada à muita cerveja, suor e coreografias do momento embaladas pelos ritmos de Salvador e refrões do tipo “lepo, lepo”. A única semelhança entre as duas festas era a satisfação do público, como se a festa não tivesse hora para acabar e como se a segunda-feira fosse a de Zé Pereira.
A diversão e o sorriso, aliás, é a marca registrada do Carnaval de Pernambuco, uma característica que impressiona aqueles que conhecem a festa pela primeira vez. “O que mais me chama atenção é a alegria das pessoas, todas brincando educadamente. Isso não é fácil encontrar em outros lugares”, observa a estudante uruguaia Flavia Espinosa, que veio ao Brasil pela primeira vez. “Não quero mais voltar”, diz. Ela estava acompanhada de outras colegas sul-americanas, argentina, boliviana e chilena, todas finalizando um período de intercâmbio no Recife. “Mas vamos voltar na semana que vem. É muito legal”, disse a brasileira do grupo, Rafaella Fonseca.
A noite de domingo de pré-Carnaval do Recife Antigo estava na medida para quem buscou diversão. As vias principais do bairro estavam com muito espaço para andar, enquanto nas pequenas transversais blocos e agremiações dos mais variados ritmos desfilavam acompanhados por um bom público que, se não chegou a lotar as ruas, garantiu um ambiente sem apertos. Para quem estava na folia com o objetivo de tirar um dinheirinho, o movimento começava a melhorar. “As vendas hoje estão razoáveis. Já vendi 70 copos”, contabilizava o ambulante Cícero Santana, segurando uma pilha com mais de 150 copos de acrílico coloridos, vendidos por ele a R$ 2. “Tem muita gente que não quer beber na latinha.”



