JC Online. Após o tumulto ocorrido no início da semana na Câmara de Olinda, a segunda sessão do ano foi realizada, ontem (20), em meio a acusações de coação. O presidente do Legislativo Municipal, Marcelo Soares (PCdoB), afirmou que o “caso Joabe Teodoro” é semelhante ao escândalo ocorrido na Câmara de Caruaru, onde vereadores teriam atuado na compra de assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria investigar supostas irregularidades do Poder Executivo. A polêmica em torno da abertura da CPI das Obras Inacabadas foi mais uma vez foco de desentendimento entre os vereadores olindenses. O primeiro orador inscrito na sessão de ontem foi o líder da oposição, Arlindo Siqueira (PSL). Em um discurso inflado, ele contestou o suposto descumprimento da Lei Orgânica Municipal na sessão da última terça-feira (18), quando o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) foi transmitir a mensagem do Poder Executivo pessoalmente e acompanhado por todo o secretariado. Além disso, o oposicionista voltou a afirmar que o vereador Joabe Teodoro (PRP) retirou a assinatura do requerimento de abertura da comissão devido a pressões feitas pela Secretaria de Governo. Em resposta, Marcelo Soares acusou indiretamente a oposição de coagir Joabe Teodoro a assinar o documento. “Eu ouvi aqui de alguns vereadores que essa Câmara poderia ser a segunda Câmara de Caruaru. Eles esquecem que lá em Caruaru foram presos vereadores que estavam coagindo outros vereadores a assinarem uma CPI, não foi a retirar não. É parecida mesmo essa história”, disparou Marcelo Soares. Arlindo Siqueira, por sua vez, insinuou que o presidente estaria “querendo reverter a situação”. Em sua avaliação, pode até não ter envolvido dinheiro no caso de Olinda, mas ele garante que houve pressão política “ordenada pelo prefeito Renildo Calheiros”. |