Ciro: Caso das joias de Bolsonaro é nível de ‘ladrão de galinha’

O relatório final do inquérito da PF aponta que Bolsonaro formou uma associação criminosa para desviar mais de R$ 6 milhões em presentes recebidos em visitas oficiais para outros países enquanto chefe de Estado e que recebeu o dinheiro das negociações em espécie.

“Roubar dinheiro de joias só mostra o nível de degradação, de avacalhação da liderança brasileira. Mas, isso não é surpresa nenhuma. Ninguém quis dar bola, mas na campanha eleitoral eu mostrei, já na de 2018, depois na de 2022 de novo, notas fiscais em que Bolsonaro roubava gasolina de gabinete de deputado, na circunstância em que eu era companheiro dele, na mesma legislatura”, afirmou.

“O meu gabinete gastava R$ 600 por mês de gasolina, o dele, R$ 12 mil. O meu comprava em diversos postos de gasolina em Brasília, onde a gente trabalha, e o dele era tudo num posto de gasolina só, na Barra da Tijuca [no Rio de Janeiro]. (…) Ninguém quer ver. Usar o dinheiro do auxílio-moradia pra ‘comer gente’, aspas, aspas, aspas, era o que o Bolsonaro dizia como relativizar. Rachadinha, roubalheira, compra de imóveis em espécie, tudo isso está indicando o nível de ladrão de galinha que nós colocamos na Presidência da República brasileira”, declarou.

Ciro Gomes defende que Bolsonaro pague caro pelos crimes continuados que cometeu na Presidência da República, sendo o pior, na opinião do ex-ministro, o de genocídio.

“Este inquérito tem que ser muito bem conduzido. E acho que dos três problemas, do roubo das joias — há obviamente um crime, de ladrão de galinha, mas é um crime —, a falsificação do cartão de vacinação —crime de ladrão de galinha, mas é um crime—, mas, o grande crime é o genocídio. Porque ali tem homicídio generalizado, no mínimo, e como se caracterizou por uma ação muito reiterada do Bolsonaro, você tem claramente uma indução à morte”, destacou Ciro Gomes.

Com informações da UOL.